12 Horas

Encontrei esse filme passando na TV outro dia, e decidi arriscar. Confesso que estava um pouco receoso por causa da Amanda Seyfried. Seus filmes são sempre exageradamente alegres, para o meu gosto, é claro. Mas embora o filme estivesse classificado como drama na TV, percebi de cara que o gênero não era bem esse. Depois confirmei em sua ficha técnica que se tratava mesmo de um suspense. Produção com cara de filme de TV, sabe, daqueles que passam no Supercine da Rede Globo?

Mesmo assim, apesar de seu jeitão "eu já vi isso antes", o filme consegue prender a atenção do espectador, e oferece um entretenimento mediano. Não se trata de uma produção fantástica. A parte visual é muito pobre, e mesmo a seleção de locações, bastante limitada. Alguém chegou para o diretor e disse que tinha duas casas, uma rua vazia, um galpão, e um pedaço de floresta pra fazer um filme. O camarada pegou os limões, e tentou fazer a limonada.

A produção se prende na atuação de seu elenco. Na verdade, o único destaque fica mesmo por parte de Amanda. Todo o resto é coadjuvante de luxo, que não agrega muito à trama. A história tenta seguir por um caminho diferente, aquele das vítimas de crimes que acabam fazendo justiça com as próprias mãos e, em uma época com tantos crimes, parece incentivar esse tipo de iniciativa. Mesmo assim, existem muitos outros filmes que tratam esse problema de melhor maneira. Até mesmo Silêncio dos Inocentes (difícil não comparar os "buracos" dos dois filmes) já foi por esse caminho, com um resultado muito mais encorpado.

No filme, quando Jill Parrish (Amanda Seyfried) volta pra casa do seu trabalho noturno e encontra a cama de sua irmã vazia, fica convencida de que o serial killer que a raptou dois anos antes voltou pra terminar o serviço. Mas a polícia não acredita nela e Jill sabe que o tempo está se esgotando. Sem ninguém a quem recorrer, sai em busca de sua irmã e para confrontar aquele que a sequestrou de uma vez por todas.

Um filme mediano, com várias passagens desnecessárias, mas que acaba prendendo a atenção pela curiosidade de se saber o que a história pode reservar, ao mesmo tempo que o personagem de Amanda Seyfried se torna diferente de tudo o que ela já fez. Não se trata de um primor de produção, mas já vi piores, assim como já vi melhores. Creio que sirva seu propósito de entreter, mas com uma mensagem de fundo meio obscura, com o jeitão dos americanos (aquela coisa de justiça com as próprias mãos, e a polícia aparecendo só quando a ação termina). Vale assisitr, mas sem pretensões.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Heitor Dhalia

Elenco: Amanda Seyfried, Jennifer Carpenter, Daniel Sunjata, Wes Bentley, Sebastian Stan, Katherine Moennig, Joel David Moore, Jordan Fry, Michael Paré, Emily Wickersham, Ted Rooney, Robert Blanche, Socratis Otto, Jeanine Jackson, Erin Carufel, Danny Belrose, Amy Lawhorn, Tom Hestmark, Victor Morris, Sean Goodearl, Alles Mist, Sam Upton, Tim Harrold, Meredith Adelaide, Sarah Willey, Blaine Palmer, Noel Taylor, Diego Sanchez

Produção: Dan Abrams, Sidney Kimmel, Gary Lucchesi, Tom Rosenberg, Chris Salvaterra

Roteiro: Allison Burnett

Fotografia: Michael Grady

Trilha Sonora: David Buckley

Duração: 94 min.

Ano: 2012

País: EUA

Gênero: Suspense

Cor: Colorido

Distribuidora: Paris Filmes

Estúdio: Lakeshore Entertainment / Sidney Kimmel Entertainment

Classificação: 12 anos