quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Até que a sorte nos separe

261549Até que a sorte nos separe atende um pedido meu ao cinema brasileiro: mais ficção e menos histórias reais. Até por isso, já é um grande começo. No geral, o filme é médio, com alguns clichês comuns às comédias atuais (não só brasileiras), um roteiro equilibrado, e aquele acabamento de novela.

Isso não quer dizer que a parte técnica seja ruim. Muito pelo contrário. É aquilo ao qual já estamos acostumados quando assistimos uma produção com o nome da Rede Globo vinculado. Cara de novela, trejeitos de novela, personagens que lembram novela. Mas, repito, nem por isso ruim. É a marca da Rede Globo, sendo assim, difícil mudar.

Leandro Hassum e Danielle Winits, lideram o elenco e até que não vão mal. Confesso que não conheço muitos trabalhos em cinema ou filmes dos dois, e acredito que para uma comédia, até que as coisas caminharam bem. Hassum é o estilo de comediante físico. Suas caretas lembram até o adorável Jerry Lewis em algumas passagens. Pena que em alguns momentos isso fique um pouco forçado, a ponto de querer tirar o riso do espectador a troco de nada, entende? Winits acabou entrando nessa onda em alguns momentos, mas para o estilo dela, a coisa não funcionou tão bem. Mesmo assim, ela não perde espaço e consegue dividir a tela em pé de igualdade com qualquer outro elemento do elenco.

O roteiro é extremamente funcional. Consegue ser divertido, superficial, oferecendo entretenimento agradável sem exigir muito de seu espectador. É mesmo o caso de um filme para uma sessão matinê com a família ou amigos.

No filme, Tino (Leandro Hassum) é um pai de família de classe média que vê sua vida e, especialmente, seu casamento com Jane (Danielle Winits), completamente transformados após ganhar na loteria. O problema é que ele acaba perdendo tudo em dez anos de uma vida de ostentação. A partir daí, com a ajuda do vizinho Amauri (Kiko Mascarenhas) e de seu melhor amigo Adelson (Aílton Graça), ele cria uma série de situações hilárias para que sua esposa, grávida do terceiro filho, não perceba que está falido.

Não é um filme fantástico, mas é uma produção interessante, que se esforça na intenção de oferecer ao seu espectador uma boa dose de divertimento. Acho que funciona, à medida que você assiste o filme de coração aberto, sem criar muitas expectativas ou imaginar que esse será o melhor filme assistido em sua vida. A produção segue todos os moldes e o acabamento de uma novela, e o elenco até que é bastante equilibrado. Sai da velha máxima do "cinema verdade" tão fortemente impregnado nos filmes brasileiros. No geral, é uma comédia leve, que não se prende em detalhes desnecessários. É uma pedida interessante, mas não entra na lista de imperdíveis.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Roberto Santucci
Elenco: Leandro Hassum, Danielle Winits, Ailton Graça, Kiko Mascarenhas, Rita Elmôr, Henry Fiuka, Maurício Sherman, Carlos Bonow, Julia Dalavia, Julio Braga, Marcelo Saback, Vitor Maia
Produção: Fabiano Gullane, Caio Gullane, Debora Ivanov, Gabriel Lacerda
Roteiro: Paulo Cursino, Angelica Lopes
Fotografia: Juarez Pavelak
Duração: 104 min.
Ano: 2012
País: Brasil
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Downtown Filmes, Paris Filmes, RioFilme
Estúdio: Gullane Filmes / Globo Filmes
Classificação: 12 anos

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O Substituto

269713Considero clichê começar uma análise falando o que já foi falado em outros sites ou blogs, mas nesse caso, fica difícil não sair dessa "opinião comum". O Substituto não é o tipo de filme ao qual estamos acostumados, que trata a relação entre professores e alunos, e como cada lado transforma a vida do outro, sempre positivamente. Ok, dito isso, vamos partir para as minhas próprias impressões. O Substituto não é um filme fácil. É uma produção séria. Uma história pesada, que exige atenção e boa vontade de seu espectador.

É o tipo de filme que investe na força do seu roteiro e no poder de atuação de seu elenco, com grandes nomes, e liderados pelo igualmente grande Adrien Brody, que segue sério e dramático ao longo de toda a história.

O filme tem um visual bastante interessante, com um jogo de câmeras e ângulos inusitados, variação de cores, para demonstrar tempo, lembranças, enfim, toda imagem serve para ilustrar um lado mais artístico da produção. Algumas vezes funciona bem, outras chegam a ser um desperdício. Mesmo assim, ainda é uma fotografia interessante.

Mas o ponto forte do filme é mesmo seu roteiro. Que provoca, que quer um espectador participante, que exige reflexão, que o tira do conforto de assistir um filme, de entreter, e faz com que o espectador avalie seu entorno. De uma maneira geral, o filme serve como alerta para a situação do ensino, e a maneira como professores, pais, alunos, e governo, estão envolvidos nisso. Apesar do ambiente americano, a situação não chega a ser tão diferente daquela que temos aqui no Brasil.

No filme, Henry Barthes (Adrien Brody) é um professor brilhante com um verdadeiro talento para se conectar com seus alunos. Em outro mundo, ele seria um herói para sua comunidade. Mas, assombrado por um passado conturbado, ele escolhe ser professor substituto - nunca na mesma escola por mais que algumas semanas, nunca permanecendo tempo suficiente para formar qualquer relação com os alunos ou colegas. Uma profissão perfeita para alguém que busca se esconder ao ar livre. Quando uma nova missão o coloca numa decadente escola pública, o isolado mundo de Henry é exposto por três mulheres que mudam a sua visão sobre a vida: uma estudante, uma professora e uma adolescente fugitiva.

Uma produção bastante interessante, séria, que provoca muito, principalmente quando mescla momentos da história com momentos que seriam declarações daqueles que vivem aquelas passagens. Apesar de muito falado, não chega a ser tão cansativo. Claro que poderia ser mais curto, talvez um pouquinho mais leve, mas no geral, é um bom drama. O elenco consegue carregar bem o peso do drama real. Se você procura um filme inteligente, mas que ultrapassa a intenção de entreter, O Substituto é uma excelente pedida, mas se não curte dramas reais e histórias com um conteúdo mais sério, talvez não seja a sua pedida.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Tony Kaye
Elenco: Bryan Cranston, Christina Hendricks, Adrien Brody, Lucy Liu, James Caan, Renée Felice Smith, Blythe Danner, Marcia Gay Harden, William Petersen, Tim Blake Nelson, Sami Gayle, Doug E. Doug, Isiah Whitlock Jr., Josh Pais, Patricia Rae, Louis Zorich, Brennan Brown, Reagan Leonard, Lucian Maisel, Samantha Jade Logan, Mary Joy, Jonathan Gutierrez, Aaron Sauter, Betty Kaye, Michael Morana, Justin Campbell, Chris Papavasiliou, Kevin T. Collins, Celia Au, Heather Pence, Kwoade Cross, Jerry Walsh, Nancy Rodriguez, Ralph Rodriguez, April Maxey, Celia Schaefer, Tiffani Holland, David Hausen, Rebecka Ray, Eli Massillon, Mike Biskupski, Tarikk Mudu, Elvis Muccino, Greg Batie, Melvin Breedlove, Jeremy McLain
Produção: Bingo Gubelmann, Benji Kohn, Carl Lund, Chris Papavasiliou, Greg Shapiro, Austin Stark
Roteiro: Carl Lund
Trilha Sonora: The Newton Brothers
Duração: 97 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Califórnia Home Vídeo
Estúdio: Kingsgate Films / Paper Street Films / Appian Way


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Resident Evil 5: Retribuição

246480Ao assistir Resident Evil 5: Retribuição, fico imaginando quando foi que a série Resident Evil se perdeu?!?! Ainda achava um dos filmes menos ruins de zumbis, por envolver boas doses de ação, uma atmosfera dark que realmente funcionava, e até assustava mas, assim como a série de jogos, Resident Evil parece ter se perdido no desejo de se tornar muito complexo.

A parte visual e técnica ainda é um grande destaque para o filme. Excelente fotografia, grandes efeitos visuais, e que realmente dão valor ao produto final. No mais, o filme é só um grande apanhado de gente tentando explicar algo que ia bem enquanto ninguém explicava nada.

Óbvio que Milla Jovovich ainda é um grande destaque dentro do elenco. Elenco? Pois é... adicionaram vários personagens, que pouco acrescentam à trama. Você sabe que boa parte deles morreu ou ainda morrerá, mas isso também não importa, já que agora a história está repleta de clones e "ressuscitados" que uma hora ou outra ressurgirá no meio de toda a ação.

A história se perdeu. Eu ainda prefiro um filme que segue em 5, 7, ou 10 partes sem querer se explicar, a outro que depois do terceiro capítulo decide mostrar todas as suas origens, para justificar o que aconteceu em sua primeira parte, que rolou 5 (ou mais) anos atrás. Lastimável! O roteiro segue detalhando acontecimentos que pouco explicam e, no final, termina sem ter feito nada.

É muito simples. Quem gosta de Resident Evil o faz por causa de sua ação, de ver como os zumbis podem ser ágeis e até inteligentes, apesar de mortos, de seus movimentos e jogadas de câmera à la Matrix, mas com uma personalidade própria, sem se apegar a detalhes como saber que antes do episódio ZERO do filme existia um vírus que misturado à água salgada e nitrogênio líquido poderia criar um zumbi mutante de oito braços que parecia o super homem (OK, essa foi por minha conta, você não encontrará esse cara no filme...). Enfim... mais ação, e menos explicação. Isso faria, ou deixaria, a série Resident Evil ainda agradável aos seus espectadores, mesmo aqueles que nem curtem tanto assim o gênero terror (ou quase isso).

No filme, o mortal vírus T, da Umbrella Corporation, continua a desvastar o planeta Terra, transformando a população em mortos-vivos. A última esperança da raça humana, Alice (Milla Jovovich), acorda no coração de um escritório clandestino da Umbrella e revela mais de seu passado misterioso. Sem um refúgio seguro, Alice continua sua busca pelos responsáveis pelo surto na Terra; uma busca que a leva de Tóquio para Nova York, Washington e Moscou, culminando em uma revelação que a forçará a repensar tudo o que um dia achou que fosse verdade. Auxiliada por novos aliados e velhos amigos, Alice precisa lutar para sobreviver e escapar de um mundo hostil à beira do esquecimento.

A promessa é de muita ação, muita luta, muito zumbi, e muita porrada em zumbi. No entanto o filme se perde em explicações filosóficas de existência após a invasão zumbi. Talvez para os grandes fãs da série sejam detalhes imperdíveis, mas para quem procura entretenimento, e um filme com bons sustos, a coisa toda fica chata e sem sentido. O aspecto visual ainda é o ponto mais forte. Se é a sua praia, vá em frente. Se você nem é tão fã assim, ou procura algo mais assustador, passe longe.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Paul W. S. Anderson
Elenco: Milla Jovovich, Sienna Guillory, Michelle Rodriguez, Aryana Engineer, Bingbing Li, Boris Kodjoe, Johann Urb, Robin Kasyanov, Kevin Durand, Ofilio Portillo, Oded Fehr, Colin Salmon, Shawn Roberts, Toshio Oki, Takato Yamashita, Mika Nakashima, Megan Charpentier, Ave Merson-O'Brian, Ryan Olubowale, Kevin Shad, Razaaq Adoti, Kim Coates, Martin Crewes, Iain Glen, Sandrine Holt, Thomas Kretschmann, Ali Larter, Spencer Locke, Eric Mabius, Wentworth Miller, James Purefoy, Norman Yeung, Anna Bolt, Indra Ové, Joseph May, Heike Makatsch, Liz May Brice, Pasquale Aleardi, Parys Sylver, Amanda Dyar, Chris Sullins
Produção: Paul W. S. Anderson, Jeremy Bolt, Don Carmody
Roteiro: Paul W.S. Anderson
Fotografia: Glen MacPherson
Trilha Sonora: tomandandy
Duração: 97 min.
Ano: 2012
País: Alemanha/ EUA
Gênero: Terror
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Constantin Film International / Davis Films/Impact Pictures (RE5)
Classificação: 16 anos


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Conheça os vencedores do Screen Actor Guild Awards 2013

Aconteceu neste domingo (27), final de noite aqui no Brasil, a cerimômia de premiação do Screen Actors Guild Awards (SAG 2013) no Shrine Auditorium, em Los Angeles, Califórnia (EUA).

O SAG Awards, em sua 19ª edição, é uma das prévias mais importantes do Oscar nas categorias ator/atriz.

O prêmio oferecido pelo Sindicato dos Atores de Hollywood trouxe Lincoln e O Lado Bom da Vida com maior número de indicações: cada um concorrendo em quatro categorias. Além de prêmios voltados para indústria cinematográfica, séries e programas de TV também foram prestigiados.

Atores e atrizes se apresentaram no início da cerimônia, contando histórias comuns sobre suas vidas. Nicole Kidman abriu o evento apresentando a categoria de Melhor Ator Coadjuvante. O prêmio inesperado foi para o ausente Tommy Lee Jones por seu papel em Lincoln. Como já era esperado, Anne Hathaway ganhou como Melhor Atriz Coadjuvante por Os Miseráveis, em sua 2ª indicação ao SAG.

Robert DeNiro apresentou a categoria de Melhor Atriz, na qual Jennifer Lawrence foi premiada, aos 22 anos. Muito emocionada e atrapalhada, ela subiu ao palco para fazer seu discurso. E como previsto, Daniel Day-Lewis foi eleito Melhor Ator por protagonizar Lincoln.

Por fim, Ben Affleck levou mais um prêmio para casa: Argo faturou a categoria Melhor Elenco e o ator se mostrou muito surpreso com mais esse feito. Pelo visto, o longa é mesmo favorito ao Oscar 2013. 

Confira a lista completa dos vencedores do SAG Awards 2013:

Melhor Elenco
Argo

Melhor Ator
Daniel Day-Lewis (Lincoln)

Melhor Atriz
Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida)

Melhor Ator Coadjuvante
Tommy Lee Jones (Lincoln)

Melhor Atriz Coadjuvante
Anne Hathaway (Os Miseráveis)

Melhor Ator de Minissérie ou Filme para TV
Kevin Costner - Hatfields & McCoys

Melhor Atriz de Minissérie ou Filme para TV
Julianne Moore - Game Change

Melhor Ator em Série Dramática
Bryan Cranston - Breaking Bad

Melhor Atriz em Série Dramática
Claire Danes - Homeland

Melhor Ator em Série Cômica
Alec Baldwin - 30 Rock

Melhor Atriz em Série Cômica
Tina Fey - 30 Rock

Melhor Elenco em Série Dramática:
Downton Abbey

Melhor Elenco em Série Cômica
Modern Family

Menções Honrosas para Elenco

-Melhor Elenco de Dublês no Cinema
007: Operação Skyfall

-Melhor Elenco de Dublês em Série Televisiva:
Game of Thrones

Prêmio pelo Conjunto da Obra
Dick Van Dyke

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Edwin Boyd - A Lenda do Crime

Edwin Boyd - A Lenda do Crime, não chega a ser um filme surpreendente. Na verdade, ele não apresenta nada fora do usual. É a velha fórmula de transformar o vilão em herói, e fazer o espectador torcer por ele. Funciona? Claro que sim. E nesse caso também. Por isso mesmo, o filme apresenta elementos agradáveis, que atingem quem o assiste e até permite uma interação, daquelas que faz a pessoa pensar o que ela faria se estivesse na mesma situação.

É interessante por fazer essa troca. Mas apela mas algumas situações que já são lugar comum em muitas outras produções existentes. É o fato de transformar o vilão em herói, ou transformar um pai de família, trabalhador, em vilão, e a partir daí usar as questões familiares e de amizade para dar sequência à trama.

O elenco, com nomes como os de Scott Speedman, Kelly Reilly, Kevin Durand, Joseph Cross e William Mapother, é que seguram a história. Estilizado como uma história dos anos 40, o filme tem um visual antigo funcional, mas não exagera no aspecto de efeitos ou fotografias. Seu problema, nesse caso, é mesmo seu roteiro fraco. E a tradução, que o coloca como uma lenda do crime (fala a verdade, antes de ver esse filme ou ler esse post você nem imaginava quem era Edwin Boyd, não é mesmo?).

Baseado em fatos reais, o filme conta a história de Edwin Boyd, um ladrão de bancos que virou lenda nos Estados Unidos depois de uma sequência de assaltos, prisões e fugas da cadeia. Mas Edwin não era um ladrão qualquer. Charmoso, ele ganhou fama ao se destacar no mundo do crime, além de escolher uma vida cheia de perigos.

De verdade, essa sinopse não retrata fielmente o filme. Era uma outra época. As prisões não eram tão bem controladas, o camarada serrava as grades de várias celas sem ser percebido. Então, essas fugas nem eram tão espetaculares assim e, em todo contato que Boyd teve com a polícia, acabou levando a pior, sem nem pensar em fugir.

Acima de tudo, é um filme que trata relações familiares e de amizade, e as decisões tomadas a partir de acontecimentos inusitados em nossas vidas. Tem toda uma lição de moral (e de vida) que funciona, ao envolver o espectador na trama, fazendo com que ele reflita sobre os rumos a se seguir. É uma produção interessante, que se segura na atuação de seu bom elenco, mas que não apela para cenas de ação, perseguição ou tiroteio que fariam parte de qualquer outro filme do mesmo estilo. Boa pedida para quem procura um filme mais cabeça, sem necessariamente se importar com o roteiro mais fraco.

FICHA TÉCNICA

Drama/Policial - 14 ANOS | (Citizen Gangster) Canadá, 2011. Direção: Nathan Morlando. Elenco: Scott Speedman, Kelly Reilly, Kevin Durand, Joseph Cross, William Mapother, Brendan Fletcher, Brian Cox. Duração: 105 min.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Vizinhos Imediatos de 3º Grau

253992Bom... não sei o que acontece com as comédias atuais. Grande parte delas precisa apelar para o escatológico para tentar agradar seu público, e mesmo assim não conseguem. Vizinho Imediatos de 3º Grau não chega a esse extremo (ok, só em algumas partes), mas não consegue ir além das poucas risadas de simpatia, e não por ser uma comédia impressionantemente engraçada.

A reunião de três grandes nomes em seu elenco (Ben Stiller, Jonah Hill e Vince Vaughn) talvez fosse uma tentativa de salvar o filme, mas no geral, a reunião deles, e de todo o elenco, não consegue agradar muito. Confesso não ser muito fã do estilo de Ben Stiller, embora reconheça que ele foi muito bem em outros filmes de sua carreira. Mas apostar na união de grandes nomes da comédia parece ser um jeito de pensar que a audiência só quer ver nomes de estrelas, sem se importar com o conteúdo da produção.

E o filme nem é tão ruim na parte técnica. Tem boa fotografia, bons efeitos visuais, e até uma boa trilha. Mas seu roteiro é fraco, previsível, e cheio de piadas prontas (e copiadas em excesso). Talvez esse seja o grande ponto negativo. Tudo mais seria colocado de lado se a trama tivesse sentido, e não abusasse de situações absurdas. No geral, faltou mesmo um acerto em seu roteiro.

No filme quatro sujeitos comuns unem-se para formar um grupo de vigilância comunitária. Na verdade, a reunião do quarteto não passa de uma desculpa para escaparem de suas vidas sem graça. Mas tudo muda quando eles, acidentalmente, descobrem que a sua cidade foi invadida por extraterrestres. 

Não é o pior filme que eu já vi em minha vida, mas também está longe de ser o melhor. Acredito até que ele cumpra seu papel de entreter seu espectador, mas no fim deixa aquela sensação de que alguns detalhes aqui ou ali poderiam melhorar, e muito, a coisa toda. O elenco não parece entrosado, apesar dos grandes nomes, e mesmo o esmero visual não salva do fraco produto final. Se você procura um filme pra passar tempo, talvez seja uma boa pedida, mas se você busca uma boa comédia, fique longe.
 

FICHA TÉCNICA

Diretor: Akiva Schaffer
Elenco: Jonah Hill, Ben Stiller, Vince Vaughn, Billy Crudup, Will Forte, Richard Ayoade, Nicholas Braun, Rosemarie DeWitt, Doug Jones, Jorma Taccone, Joe Nunez, Carissa Capobianco, Patricia French, Willam Belli, Cait Johnson, Justin Wheelon, Mel Rodriguez, Jonathan Hart, Bonnie Johnson, Erin Moriarty, Zack Mines, Alexander Isaiah Thomas, Jade Nicolette, Bradford Haynes, Hillary Brant, Jill Jane Clements, Joel Rogers, Thomas Elliott, Timothy J. Richardson, Liz Smallwood, Harley Max Shellhammer, Todd Maynor, Jaye Tyroff, Eric Goins, Kathlene Huslin, Canute Brown-Morgan, Taylor Prezzano, Dan Center
Produção: Shawn Levy, Tom McNulty
Roteiro: Seth Rogen, Evan Goldberg
Fotografia: Barry Peterson
Trilha Sonora: C. Douglas Cameron
Duração: 102 min.
Ano: 2012
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: 21 Laps Entertainment / Twentieth Century Fox Film Corporation
Classificação: 12 anos

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Plano de Fuga

238831Apesar das pretensões que o filme possa ter (como qualquer filme), não acho que o resultado tenha sido tão ruim. Mel Gibson ainda é um grande astro, principalmente por seus filmes mais antigos, e mesmo tendo participado de produções menos apreciadas e de menor qualidade nos últimos tempos, ainda tem o seu charme.

Fato é que Plano de Fuga nem chega a ser um filme fora de série. É uma produção que utiliza alguns bons artifícios, como algumas (e também absurdas) cenas de perseguição e luta, mas investe na atuação de Gibson para segurar a trama. No geral é um filme que começa em ritmo acelerado, e não diminui a velocidade até o fim. Tudo é muito dinâmico, e parece exigir uma pronta resolução. Melhor para o espectador, que recebe a dose certa de entretenimento e tem acesso a um filme bastante agradável.

Até mesmo a fotografia de Plano de Fuga ajuda. Retrata com detalhes impressionantes o que seria a vida em um presídio. No mais, o elenco não deixa a peteca cair e vai bem durante todo o longa (apesar de alguns personagens serem meio caricatos). Arrisca ainda com algumas pílulas de humor que funcionam e agradam. Consegue até fugir de clichês de pontos previsíveis.

No filme, um criminoso americano (Mel Gibson) que foi preso pelas autoridades mexicanas e enviado para um presídio lotado de bandidos de alta periculosidade. Não bastasse essa experiência bizarra, ele acaba se envolvendo com uma família local e se metendo numa grande enrascada em terras estrangeiras porque a bandidagem agora quer a pele dele.

É uma boa pedida para quem procura um filme que investe em ação, humor, e na dinâmica de uma história que funciona bem e é agradável. Ponto forte é a velocidade da trama, que não se prende a detalhes desnecessários. Mel Gibson volta à forma em um filme de ação e lidera bem o elenco. Boa pedida para a matinê do fim de semana.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Adrian Grunberg
Elenco: Mel Gibson, Peter Stormare, Dean Norris, Bob Gunton, Kevin Hernandez, Scott Cohen, Stephanie Lemelin, Patrick Bauchau, Sofía Sisniega, Aaron Cohen, Jesús Ochoa, Denise Gossett, Gustavo Sánchez Parra, Daniel Giménez Cacho, Tenoch Huerta, Jace Jeanes, TomSchanley, Dolores Heredia, Zak Knutson, Dalibor Jajcanin, Roberto Sosa, Fernando Becerril, Omar Ayala, Paloma Arredondo, Clayton J. Barber, Blue Demon Jr., Aarón I. Campos, Manuel Domínguez, Boris Milaszenko.
Produção: Bruce Davey, Mel Gibson, Stacy Perskie
Roteiro: Mel Gibson, Adrian Grunberg, Stacy Perskie
Fotografia: Benoît Debie
Trilha Sonora: Antonio Pinto
Duração: 96 min.
Ano: 2012
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Icon Productions
Classificação: 16 anos
 




segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada

269001Simplesmente fantástico! Isso, só pra começar. Difícil não se encantar com O Hobbit: Uma Jornada Inesperada. O filme atende as expectativas de quem esperava a continuação (ou a explicação inicial) da igualmente fantástica trilogia de O Senhor dos Anéis. Mas para quem está preocupado por não ter assistido os outros filmes, é possível assisti-lo sem perder detalhes importantes. E pra quem já viu, será possível fazer ligações importantes (e entender) na trama.

Importante destacar que assim como a trilogia que deu origem à série, O Hobbit também foi dividido em 3 filmes, o que animou ainda mais os fãs de O Senhor dos Anéis. O filme se destaca em vários aspectos. Primeiramente é uma adaptação fora de série do livro O Hobbit, que não é assim um livro tão agradável. Ele envereda por detalhes minuciosos e acaba explicando em várias páginas o que poderia ser falado em algumas linhas. Esse desafio foi vencido, apesar do olhar mais ácido de alguns críticos, que avaliam não ser possível colocar em 3 super produções o conteúdo do livro original.

Enfim, isso não interfere em nada o resultado final. A produção consegue sim transferir para as telonas todos os elementos importantes da literatura, e consegue traduzir em imagens algumas passagens bem importantes. Nesse ponto, o roteiro parece ter a dose certa do sucesso. Prense a atenção do espectador, e em uma crescente evolução, deixa o gosto de quero mais no final.

Tecnicamente, o filme é outro encanto. A fotografia da produção, com suas locações externas, e efeitos visuais criam uma atmosfera perfeita para toda a trama. Ponto extra. Apesar de um início mais lento, que lembra um pouco o ritmo do primeiro filme da série (A Sociedade do Anel), o filme recupera a velocidade a partir da metade, e segura com maestria a atenção do espectador.

O elenco, com os nomes que participaram dos outros 3 filmes, vai bem do começo ao fim. Momento de matar a saudade de vários personagens que acabaram se tornando queridos, ou alguns que não chegaram a tanto. Mais um ponto forte do filme é o fato de retratar a história dos outros filmes, mas como se fosse um reinício. Isso significa que não há necessariamente a necessidade de você assistir em determinada ordem, mas entender que no final, todos eles se completam.

No filme, Bilbo Bolseiro terá de enfrentar uma jornada épica para retomar o Reino de Erebor, terra dos anões que foi conquistada há muito tempo pelo dragão Smaug. Com o apoio do mago Gandalf e um grupo de 13 anões, liderados pelo lendário guerreiro Thorin Escudo-de-Carvalho, Bilbo terá grandes desafios contra os poderosos Goblins e Orcs, além do traiçoeiro Gollum. Neste caminho, ele ganhará a posse do "precioso" anel, que está ligado ao destino de toda a Terra-Média, de uma maneira que não poderia imaginar.

Excelente pedida para toda a família. Melhor ainda se você ainda conseguir assistir no cinema (o filme está em cartaz desde o fim de 2012 e deve sair do circuito a qualquer momento). A produção valoriza as questões visuais e encanta seu espectador com paisagens e efeitos deslumbrantes. O elenco dos filmes anteriores dá um extra e consegue ser mais um ponto positivo a se considerar. Tudo favorece esta fantástica produção e tem tudo para agradar a todos os espectadores, quer sejam grandes fãs ou estejam tendo o primeiro contato com a história só agora. Grande pedida. Ótimo programa para toda a família.

Em tempo... alguns críticos chutaram o balde de O Hobbit, como se não fosse um filme agradável, que não justifica a espera de tantos anos, ou que ele não é capaz de ser "eficiente" e retratar a história agradável, como foi sua trilogia inicial (ou final). Fato é que talvez tenha se criado uma expectativa muitíssimo alta. Não que o filme não mereça essa cobrança. Pela qualidade crescente de sua trilogia, é possível que algumas pessoas esperassem o mesmo pique, mas na verdade trata-se de um recomeço, e por isso mesmo o ritmo é um pouco mais morno. Se é ruim? Não acredito. É uma grande produção, e uma excelente dose de entretenimento. Creio que as coisas aquecerão nas continuações, mas para um reinício, o produto final está muito acima do que poderia ser imaginado. Assista sem medo, você não se arrependerá.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Peter Jackson
Elenco: Cate Blanchett, Saoirse Ronan, Elijah Wood, Martin Freeman, Christopher Lee, Ian McKellen, Andy Serkis, Richard Armitage, Aidan Turner, James Nesbitt, Bret McKenzie, Luke Evans, Hugo Weaving, Evangeline Lilly, Orlando Bloom, Benedict Cumberbatch, Lee Pace, Iam Holm, Graham McTavish, Mikael Persbrandt, Barry Humphries, Ken Stott, Conan Stevens, Sylvester McCoy, Jed Brophy, Jeffrey Thomas, Stephen Hunter, Renee Cataldo, JohnCallen, Peter Hambleton, William Kircher, Adam Brown, Mark Hadlow, Michael Mizrahi, RobinKerr, RyanGage, Ray Henwood
Produção: Peter Jackson, Fran Walsh, Carolynne Cunningham
Roteiro: Peter Jackson, Philippa Boyens, Guillermo del Toro, Fran Walsh
Fotografia: Andrew Lesnie
Trilha Sonora: Howard Shore
Duração: 169 min.
Ano: 2012
País: EUA/ Nova Zelândia
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) / New Line Cinema / WingNut Films / 3Foot7
Classificação: 12 anos

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Globo de Ouro perde prestígio e influencia menos na corrida pelo Oscar

Começando do alto, à esq., em sentido horário: cenas de As Aventuras de Pi, O Lado Bom da Vida, Indomável Sonhadora e Lincoln, candidatos ao Oscar de melhor filme

A expressão de espanto de Ben Affleck quando foi anunciado como o vencedor do Globo de Ouro de melhor diretor rapidamente se transformou em felicidade pela vitória. O galã provavelmente não acreditava que sairia da festa com o prêmio depois de ter sido esnobado pelo Oscar. Seu trabalho à frente de “Argo”, um dos filmes mais elogiados do ano, sequer é finalista na categoria de direção, embora o longa tenha recebido sete indicações.

Os resultados de 2013 parecem apontar que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, a dona do Oscar, e Associação de Imprensa Estrangeira nos Estados Unidos, a mãe do Globo de Ouro, que sempre foi considerado uma prévia do prêmio da Academia, caminham por estradas cada vez mais diferentes. Apenas dois cineastas concorrem na categoria de direção nas duas premiações: Steven Spielberg e Ang Lee.

“Argo” ainda foi eleito como melhor filme dramático pelo Globo de Ouro. Em outras épocas, ele seria o franco favorito para o Oscar de melhor filme, mas se o resultado se repetir na festa da Academia, será a primeira vez em 23 anos que um filme ganha o prêmio principal sem ter o diretor indicado. Em toda a história do Oscar, isso só aconteceu três vezes: com “Asas” (1927), de William Wellman, “Grande Hotel” (1932), de Edmund Goulding, e “Conduzindo Miss Daisy” (1989), de Bruce Beresford.

Durante muito tempo, a vitória no Globo de Ouro era uma espécie de carimbo para o prêmio da Academia. Os produtores de filmes como “Ben-Hur”, “A Noviça Rebelde”, “Um Estranho no Ninho”, “Laços de Ternura” e “Titanic” passaram pelo palco do prêmio dos jornalistas estrangeiros antes de receber o Oscar. Dos 69 anos em que os prêmios coexistem, os vencedores se repetiram 45 vezes. Número que só não é maior porque, nos últimos dez anos, a Academia resolveu ignorar o resultado do Globo de Ouro.

Dos dez últimos vencedores do Oscar de melhor filme, apenas quatro levaram o prêmio dos jornalistas estrangeiros: “Chicago”, “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei”, “Quem Quer Ser um Milionário?” e “O Artista”. E isso porque, teoricamente, o Globo de Ouro tem duas chances de “adivinhar” o ganhador do Oscar, já que premia os filmes em duas categorias separadas: melhor filme dramático e melhor comédia ou musical.

E quando acontecem os desencontros, eles mostram que as duas premiações seguem lados praticamente opostos. O melodrama “O Segredo de Brokeback Mountain” ganhou o Globo de Ouro em 2006, ano em que a Academia elegeu o urbano “Crash”. Em 2008, foi a vez do drama de época, “Desejo e Reparação”, levar o Globo de Ouro, enquanto o Oscar preferiu o independente “Onde os Fracos Não Têm Vez”. Já em 2011, o moderninho “A Rede Social” ficou com o prêmio dos jornalistas, enquanto os acadêmicos escolheram o tradicional “O Discurso do Rei”.

De uns tempos para cá, a Associação da Imprensa Estrangeira tem demonstrado uma preocupação com o show televisivo que é a festa de entrega dos prêmios. Quantos mais astros e estrelas no palco e na plateia, melhor. Um caso clássico é o de Sharon Stone, que venceu o Globo de Ouro por “Cassino”, única vez em que concorreu ao Oscar, mas recebeu ao todo quatro indicações. Duas delas por filmes que caíram no esquecimento ou que ninguém chegou a ver, “Sempre Amigos” e “A Musa”. Tom Cruise nunca ganhou um Oscar, mas tem três indicações. O prêmio dos jornalistas ele já levou três vezes (de um total de nove candidaturas).

A manutenção de duas categorias (drama e comédia)  para atores e atrizes protagonistas garante que haja 30 intérpretes indicados a cada ano, em vez dos 20 nos quatro quesitos de atuação no Oscar. Por causa de opções como esta, Meryl Streep, que ganhou 3 e foi indicada 17 vezes ao Oscar, já levou 7 Globos de Ouro e foi finalista 25 vezes (sem contar os prêmios de TV). Leonardo Di Caprio, indicado neste ano, já concorreu 9 vezes ao Globo de Ouro e ganhou numa delas, mas tem apenas 3 indicações ao Oscar.

Essa preocupação com a presença de estrelas ajuda a decifrar algumas vitórias na edição 2013 do Globo de Ouro. Na categoria de roteiro, “Lincoln” e “Argo” eram favoritos, com “O Lado Bom da Vida” correndo por fora, mas o vencedor foi “Django Livre”. Curiosamente, Quentin Tarantino era o único “astro” entre os indicados. Bradley Cooper, elogiadíssimo, era o preferido nas apostas para ator em comédia ou musical, mas ter Hugh Jackman, de “Os Miseráveis”, no palco foi irresistível para o Globo de Ouro.

Diante do choque entre os dois prêmios, o que podemos esperar que aconteça na noite de entrega do Oscar?

Filme -- “Argo” ganhou o Globo de Ouro de filme dramático. “Os Miseráveis” foi eleito na categoria comédia ou musical. Os dois longa concorrem, mas nenhum tem o diretor indicado ao Oscar, o que enfraquece suas candidaturas. Será que isso vai beneficiar “Lincoln”, de Steven Spielberg? 

Diretor -- Ben Affleck ganhou o Globo de Ouro e sequer é finalista para o Oscar. Pela lógica da popularidade, Spielberg já ganhou.

Daniel Day-Lewis, ganhador do Globo de Ouro de melhor ator de drama por "Lincoln", é o favorito ao Oscar de melhor ator

Ator -- Daniel Day-Lewis (“Lincoln”), repetindo toda a temporada de prêmios, foi o melhor ator dramático. Parece imbatível.

Atriz -- Jessica Chastain (“A Hora Mais Escura”) e Jennifer Lawrence (“O Lado Bom da Vida”) ganharam o Globo de Ouro. Seriam as favoritas, mas o Oscar indicou Emmanuelle Riva, de “Amor”. Só duas atrizes estrangeiras ganharam o Oscar falando seus idiomas nativos, Sophia Loren e Marion Cotillard, mas será que a Academia vai resistir a uma velhinha de 86 anos, lenda viva do cinema, por um filme que teve surpreendentes 5 indicações?

Ator Coadjuvante -- Christoph Waltz (“Django Livre”) levou o Globo de Ouro, mas taí uma categoria em que qualquer um (Philip Seymour Hoffman, Robert De Niro, Alan Arkin e Tommy Lee Jones) tem chance de ganhar. Todos já levaram pelo menos um Oscar.

Atriz Coadjuvante -- Anne Hathaway (“Os Miseráveis”), outra aposta pop do Globo de Ouro, mas esta parece ser mesmo a favorita ao Oscar.

Resta aguardar as especulações e o lobby que vão correr soltos nos próximos dias e terão influência decisiva nos votos dos integrantes da Academia. A única certeza na festa deste ano é que esse “racha” com o Globo de Ouro deixou a festa do Oscar menos previsível e, como o que interessa em Hollywood é o espetáculo, a noite do dia 24 de fevereiro promete muito mais surpresas do que nos últimos anos.

Por Chico Fireman, em 16/01/2013, no link http://cinema.uol.com.br/ultnot/2013/01/16/globo-de-ouro-perde-prestigio-e-influencia-menos-na-corrida-pelo-oscar.jhtm

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Conheça os filmes mais vistos no Brasil em 2012

Os Vingadores

Mais um ano acabou e muitos filmes bons passaram pelas telonas. Alguns agradaram mais do que outros, claro, mas você sabe quais foram os longas mais vistos de 2012?

Se você chutou Os Vingadores, acertou! Mais de 10 milhões de brasileiros foram assistir ao filme dos heróis da Marvel, que faturou R$ 130 milhões nas bilheterias, segundo dados das distribuidoras.

Em segundo lugar o fenômeno adolescente, A Saga Crepúsculo - Amanhecer Parte 2, levou 9 milhões de pessoas aos cinemas e faturou R$ 104 milhões. Seguido de perto pela animação A Era do Gelo 4 e seus 8 milhões de espectadores.

O Espetacular Homem-Aranha, reboot do cabeça de teia nas telonas dirigido por Marc Webb, e Madagascar 5 fecham o top 5 do ano passado. O longa-metragem brasileiro melhor colocado foi Até Que A Sorte Nos Separe, que levou mais de 3 milhões de pessoas aos cinemas e arrecadou R$ 34,7 milhões.

Confira os filmes mais vistos em 2012 e os valores arrecadados nas bilheterias brasileiras:

1. Os Vingadores - The Avengers - R$ 130 milhões
2. Amanhecer - Parte 2 - R$ 104,1 milhões
3. A Era Do Gelo 4 - R$ 94,3 milhões
4. O Espetacular Homem-Aranha - R$ 60,4 milhões
5. Madagascar 3: Os Procurados - R$ 58,2 milhões
6. Batman - O Cavaleiro Das Trevas Ressurge - R$ 55 milhões
7. Alvin E Os Esquilos 3 - R$ 39,7 milhões
8. Valente - R$ 37,2 milhões
9. Até Que A Sorte Nos Separe - R$ 34,7 milhões
10. Os Mercenários 2 - R$ 33,2 milhões

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Linha do Tempo

9301Linha do Tempo é um daqueles filmes que promete bastante, com uma história audaciosa, elenco repleto de grandes nomes (que talvez nem fossem tão grandes à época), efeitos visuais empolgantes, e que não chega a ser tudo isso, mas entrega ao espectador a dose exata de entretenimento necessário para se tornar um filme agradável.

A história é o grange diferencial, envolvendo passado e presente, elementos da história e um grupo jovem de estudiosos, que se envolvem em uma trama para resgatar um professor (pai de um desses jovens), e que por fim, se envolvem em uma grande batalha histórica. Apesar de alguns clichês e de certa previsibilidade, o roteiro segura bem o ritmo do filme, e vai bem do começo ao fim.

O elenco é repleto de novos astros. Paul Walker, Frances O'Connor, Gerard Butler, Billy Connolly e Ethan Embry encabeçam a lista, e trabalham bem, sem exageros, sem destaques individuais. A história depende mesmo do trabalho em grupo de todos.

O filme lembra um pouco algumas antigas produções. Algumas sessões da tarde, já vistas na TV, mas não decepciona. Investe bem em alguns efeitos visuais que funcionam bem e no mais, segue por um caminho de ação, aventura, e até uma pitada de romance.

No filme, um grupo de estudantes de Arqueologia vive uma aventura do passado ao tentar resgatar o professor Johnson (Billy Connolly), que ficou preso em uma guerra feudal entre franceses e ingleses. Eles chegam ao século 14 na França e fazem de tudo para salvar o professor e voltar para o presente.
Uma boa pedida para quem procura um filme sem exageros, com uma história bem desenvolvida, bom elenco, e uma combinação adequada de ação e aventura. O filme tem alguns clichês, e em certos momentos você tem certeza de já ter visto aquilo antes, mas nem por isso perde sua capacidade de entreter. Sua narrativa é dinâmica, sem se perder a detalhes desnecessários ou firulas cansativas. Parece mesmo um filme para TV. Não decepciona, e tem tudo para agradar todo tipo de espectador.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Richard Donner
Elenco: Paul Walker, Frances O'Connor, Gerard Butler, Billy Connolly, Ethan Embry.
Produção: Richard Donner, Lauren Shuler Donner, Jim Van Wyck
Roteiro: Jeff Maguire, George Nolfi
Fotografia: Caleb Deschanel
Trilha Sonora: Brian Tyler
Duração: 116 min.
Ano: 2003
País: EUA
Gênero: Ficção Científica
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Artists Production Group / Paramount Pictures

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Globo de Ouro 2013 consagra 'Os Miseráveis' e 'Argo'


Anne Hathaway e Hugh Jackman foram premiados por suas atuações em 'Os Miseráveis' Foto: AP
 
Neste domingo (13), o Globo de Ouro consagrou o filme Os Miseráveis, que levou três prêmios, incluindo Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Ator de Comédia/Musical e Melhor Filme de Comédia/Musical. Além do longa Tom Hopper, Argo, de Ben Affleck, que recebeu dois prêmios, Melhor Diretor e Melhor Filme de Drama. Nas categorias destinadas à televisão, Homeland e Game Change foram os destaques.

A noite começou animada, com as apresentadoras da noite Tina Fey e Amy Poehler fazendo graça sobre os atores e atrizes que marcaram presença. "Eu nunca vi alguém tão abandonado e sozinho desde que vi você no palco do Oscar com James Franco", disse Fey para estrela Anne Hathaway, que apresentou a cerimônia da Academia em 2012, em referência ao papel da estrela em Os Miseráveis.

O primeiro prêmio da noite foi para Christoph Waltz. Ele levou a categoria de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel em Django Livre. Logo depois, o Globo de Ouro se voltou aos prêmio de TV, com Melhor Minissérie, para Game Change, que também foi consagrada nas categorias Melhor Atriz, com Julianne Moore, e Melhor Ator Coadjuvante, com Ed Harris. Homeland ganhou prêmios por Melhor Ator de Série, com Damian Lewis, Melhor Série de Drama e Melhor Atriz de Série de Drama, para Claire Danes. Girls também brilhou ao levar o prêmio de Melhor Série de Comédia.

As Aventuras de Pi ganhou seu único prêmio em Melhor Trilha Sonora Original. Jennifer Lawrence surpreendeu e foi eleita Melhor Atriz em Comédia ou Musical por O Lado Bom da Vida. "Bradley Cooper, você foi incrível", agradeceu a atriz ao colega de elenco.

Visivelmente emocionada, Anne Hathaway subiu ao palco para receber o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante, por seu papel como Fantine, em Os Miseráveis. "Quero agradecer a Nicole Kidman, Amy Adams e, principalmente, Sally Field, obrigada por ser uma atriz tão inspiradora e tão incrível", afirmou a estrela em referência às suas concorrentes. O musical também recebeu o prêmio de Melhor Ator de Musical, com Hugh Jackmann, e Melhor Filme de Comédia/Musical.

Um momento emocionante da noite, foi quando Jodie Foster foi homenageada por sua carreira no cinema. Robert Downey Jr. foi o responsável por chamar a estrela ao palco. O ponto alto do discurso foi quando a atriz falou sobre a falta de privacidade na Hollywood dos dias atuais, chegando a brincar com sua sexualidade - há anos ela anunciou publicamente ser homossexual. "Dizem que toda celebridade tem que compartilhar atualmente sua vida pessoal em uma roda de jornalistas. Falando sério, talvez, se vocês estivessem trabalhando neste negócio desde crianças como eu, dariam valor à privacidade como dou".

Assim como no Critic's Choice Awards, Ben Affleck foi eleito Melhor Diretor, por Argo. Parecendo não acreditar, subiu ao palco e agradeceu ao elenco do longa, suas filhas e a mulher, Jennifer Garner, com quem trocou um beijo antes de receber o Globo de Ouro. Vale lembrar que o galã ficou de fora dos indicados ao Oscar 2013.

Outro destaque da noite foi o prêmio de Melhor Ator de Drama, que consagrou o ator Daniel Day Lewis, por Lincoln. "A Steven Spielberg, diretor, mestre, humilde, com uma imaginação maravilhoso. Generoso amigo, você deu a mim uma experiência maravilhosa que levarei para o resto da minha vida", disse o ator em seu discurso. Jessica Chastain levou o prêmio de Melhor Atriz de Drama, por A Hora Mais Escura. Para terminar, Argo, longa de Ben Affleck, surpreendeu e foi eleito o Melhor Filme de Drama, principal categoria da noite.

Confira a lista completa:
Cinema
Melhor Filme (Drama)
Argo

Melhor Filme (Comédia/Musical)
Os Miseráveis
Melhor Diretor
Ben Affleck, por Argo
Melhor Ator (Drama)
Daniel Day-Lewis, por Lincoln
Melhor Atriz (Drama)
Jessica Chastain, por A Hora Mais Escura
Melhor Ator Coadjuvante
Christoph Waltz, por Django Livre

Melhor Atriz Coadjuvante
Anne Hathaway, por Os Miseráveis
Melhor Atriz (Comédia/Musical)
Jennifer Lawrence, por O Lado Bom da Vida
Melhor Ator (Comédia/Musical)
Hugh Jackman, por Os Miseráveis
Melhor Trilha Sonora Original
As Aventuras de Pi
Melhor Canção Original
Skyfall, de Adele para 007 - Operação Skyfall
Melhor Roteiro
Quentin Tarantino, por Django Livre
Melhor Filme em Língua Estrangeira
Amor (Áustria)
Melhor Animação
Valente
   
TV
Melhor Série (Drama)
Homeland
Melhor Série (Comédia/Musical)
Girls
Melhor Minissérie ou Filme para Televisão
Game Change
Melhor Atriz Coadjuvante em Minisséries
Maggie Smith, por Downton Abbey
Melhor Atriz em Minisséries
Julianne Moore, por Game Change
Melhor Ator em Série (Drama)
Damian Lewis, por Homeland
Melhor Ator em Minisséries
Kevin Costner, por Hatfields & McCoys
Melhor Ator Coadjuvante em Minisséries
Ed Harris, por Game Change
Melhor Ator em Série (Comédia/Musical)
Don Cheadle, por House of Lies
Melhor Atriz em Série (Drama)
Claire Danes, por Homeland
Melhor Atriz em Série (Musical/Comédia)
Lena Dunham, por Girls

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Oscar indica nove títulos para melhor filme



Desde 2012, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood determinou uma mudança no número de indicados ao prêmio de melhor filme. Os candidatos escolhidos podem variar de no mínimo cinco e no máximo dez títulos. Mas, pelo segundo ano consecutivo,  abriu mão do que seria a “última” indicação na categoria.

erá que faltaram filmes que merecessem a vaga ou esse negócio de manter dez concorrentes se provou um plano furado? O fato é que Hollywood poderia, se quisesse, ter apontado um candidato final para o Oscar de melhor filme, mas não se esforçou muito para isso.

“Moonrise Kingdom”, de Wes Anderson, o filme hipster do ano, foi lembrado em várias listas de apostas e nas previsões de especialistas no assunto, mas terminou com uma solitária indicação pelo roteiro original.

“O Mestre”, de Paul Thomas Anderson, já estava meio desacreditado, mas, com tantos defensores,  poderia facilmente ter aparecido para completar a lista. Ou, já que a decisão de aumentar o número finalistas tem fins comerciais (mais indicados, mais visibilidade), “Os Vingadores”, o hit do circuito de 2012, poderia arredondar o número de candidatos. Não foi o caso.

E a falta de um décimo indicado a melhor filme foi a menor das surpresas reveladas no anúncio desta quinta-feira (9). Esta edição do Oscar tem tudo para ser lembrada como o ano em que mais caíram favoritos antes mesmo da cerimônia acontecer. Pré-candidatos que vinham de um rastro de prêmios, indicações e apostas tão sólido que sua ausência abalou fortemente a corrida. Para se ter uma ideia, esta é a primeira vez em que apenas dois dos cineastas indicados ao prêmio anual do Sindicato dos Diretores são finalistas ao Oscar.

“Argo” teve 7 indicações, “A Hora Mais Escura”, 5, mas seus comandantes, Ben Affleck e Kathryn Bigelow, respectivamente, foram esquecidos na categoria de direção. E o mais impressionante: as vagas que teoricamente seriam deles foram entregues a um cineasta estrangeiro (Michael Haneke, por “Amor”, 5 indicações) e a um diretor de uma comédia, resumindo bem o complexo --e bem dirigido-- “O Lado Bom da Vida”, 8 indicações. Se Affleck e Bigelow eram duas possibilidades fortes para ganhar o Oscar nesta categoria, agora a disputa parece centrada em Steven Spielberg, por “Lincoln”,  e Ang Lee, de “As Aventuras de Pi”, justamente os dois filmes campeões de indicações (12 para o primeiro, 11 para o segundo).    

Outro diretor esquecido pela Academia foi Tom Hooper, que capitaneou o ambicioso musical “Os Miseráveis”, dono de 7 indicações, mas também ficou de fora de roteiro adaptado. Bigelow e Hooper podem ter sofrido com a proximidade de suas últimas vitórias (em 2010 e 2011), mas o Oscar sempre resolveu isso não premiando em vez de não indicando. A ausência de Affleck é ainda mais estranha, já que a Academia costuma celebrar galãs que passam para o outro lado das câmeras, como Clint Eastwood, Kevin Costner e Mel Gibson. Os três podem ter sofrido pela antecipação do anúncio dos indicados e de todo o processo de votação.

Explicando: até dois anos atrás, as indicações ao Oscar aconteciam depois que quase todos os prêmios importantes da crítica (Globo de Ouro, Critics Choice, associações de Nova York e Los Angeles) e dos sindicatos (diretores, produtores, atores, roteiristas) tinham seus vencedores revelados. Ou seja, os acadêmicos podiam votar com base nos resultados dessas premiações. A mudança nos prazos fez com que os membros da Academia tivessem que correr atrás dos filmes e montar suas listas com a ajuda do que já tinha sido divulgado até ali. A entrega do Globo de Ouro, por exemplo, acontece apenas neste domingo (13). O impacto desta transformação mal foi sentido no ano passado, mas parece ter influenciado bastante o negócio neste ano.

Um caso notório é o de Marion Cotillard, estrela do francês “Ferrugem e Osso”. Apesar da interpretação em língua estrangeira, a atriz foi indicada aos prêmios do Critics Choice, entregue pelos críticos de TV; SAG, sindicato dos atores; Globo de Ouro e Bafta, o Oscar da Inglaterra. A indicação ao Oscar era dada como certa por nove em cada dez especialistas, considerando ainda que ela foi oscarizada falando em francês. Resultado: Marion não é finalista, mas sua conterrânea, a veterana Emmanuelle Riva, de “Amor”, ganhou sua primeira indicação ao Oscar e pode ser uma zebra na competição, aos 84 anos.

Cotillard também foi preterida em relação à menina Quvenzhané Wallis, de 7 anos, que se tornou a mais jovem atriz indicada ao Oscar. Seu filme, “Indomável Sonhadora”, que teve 5 indicações, também foi uma surpresa na categoria de direção. E, se muita gente duvidava da indicação de Joaquin Phoenix como melhor ator por “O Mestre”, foi outro quase “favorito” que ficou de fora da corrida. Em “As Sessões”, John Hawkes interpreta um personagem que só se movimenta do pescoço pra cima, o que se chama de “Oscar bait”, isca pro Oscar. Foi ignorado. O Wolverine Hugh Jackman e o astro de “Se Beber Não Case” Bradley Cooper estão na disputa.

Christoph Waltz garantiu sua vaga entre os coadjuvantes, deixando seu colega em “Django Livre”, Leonardo DiCaprio, e o vilão de “007 – Operação Skyfall”, Javier Bardem, sem indicações. A veterana Jackie Weaver foi lembrada na ala feminina, derrubando uma das queridas da Academia, Maggie Smith, de “O Exótico Hotel Marigold”.

Uma das ausências mais inexplicáveis é a de “Intocáveis” entre os filmes estrangeiros. Além de ser o longa francês de maior bilheteria fora da França, a história real – e de superação – parecia cair perfeitamente nas preferências da Academia e aparecia em todas as listas de apostas. Todas. Algumas pessoas acreditavam que “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge” seria a oportunidade do Oscar fazer as pazes com Christopher Nolan. Fica pra próxima. O filme não foi indicado numa categoria sequer.

Talvez sejam as datas, talvez seja uma mudança de perfil, talvez seja só coincidência mesmo. O fato é que o Oscar deste ano está um pouco diferente e, por isso mesmo, mais interessante.

Por Chico Fireman, em 11/01/2013, no link http://cinema.uol.com.br/ultnot/2013/01/11/decimo-indicado-ao-oscar-de-melhor-filme-teria-varios-candidatos-fortes.jhtm

Veja a lista completa de indicados:

MELHOR FILME

 "Indomável Sonhadora"
 "O Lado Bom da Vida"
 "Lincoln"
 "A Hora Mais Escura"
 "As Aventuras de Pi"
 "Os Miseráveis"
 "Amor"
 "Django Livre"
 "Argo"

MELHOR DIREÇÃO

Michael Haneke – “Amor”
Benh Zeitlin - “Indomável Sonhadora”
Ang Lee – “As Aventuras de Pi”
Steven Spielberg – “Lincoln
David O.Russell – “O Lado Bom da Vida”

MELHOR ATOR
Daniel Day Lewis - “Lincoln”
Denzel Washington - “O Voo”
Hugh Jackman – “Os Miseráveis”
Bradley Cooper - “O Lado Bom da Vida”
Joaquin Phoenix – “O Mestre”

MELHOR ATRIZ
Jessica Chastain – “A Hora Mais Escura”
Jennifer Lawrence – “O Lado Bom da Vida”
Emmanuelle Riva – “Amor”
Quvenzhané Wallis – “Indomável Sonhadora”
Naomi Watts – “O Impossível”

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Christoph Waltz - "Django Livre"
Philip Seymour Hoffman - "O Mestre"
Robert De Niro – “O Lado Bom da Vida”
Alan Arkin – “Argo”
Tommy Lee Jones – “Lincoln”

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Amy Adams – “O Mestre”
Sally Field – “Lincoln”
Anne Hathaway – “Os Miseráveis”
Helen Hunt – “As Sessões”
Jacki Weaver – “O Lado Bom da Vida”

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
“Amor” - Michael Haneke
 "Django Livre” – Quentin Tarantino
“O Voo” – John Gatins
“Moonrise Kingdom” – Wes Anderson e Roman Coppola
“A Hora Mais Escura” – Mark Boal

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
“Argo” – Chris Terrio
“Indomável Sonhadora” – Lucy Alibar e Benh Zeitlin
“As Aventuras de Pi” – David Magee
“Lincoln” – Tony Kushner
“O Lado Bom da Vida” – David O.Russell

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
"Amor"
"Kon-Tiki"
"No"
"O Amante da Rainha"
"War Witch"

MELHOR ANIMAÇÃO
"Valente", de Mark Andrews e Brenda Chapman
"Frankenweenie", de Tim Burton
"Para Norman", de Sam Fell e Chris Butler
"Piratas Pirados", de Peter Lord
"Detona Ralph", de Rich Moore

MELHOR FIGURINO
“Anna Karenina” – Jacqueline Durran
“Os Miseráveis” – Paco Delgado
“Lincoln” – Joanna Johnston
“Espelho, Espelho Meu” – Eiko Ishioka
“Branca de Neve e o Caçador” – Colleen Atwood

MELHOR DOCUMENTÁRIO
“5 Broken Cameras”
“The Gatekeepers”
“How to Survive a Plage”
“The Invisible War”
“Searching for Sugar Man”

MELHOR DOCUMENTÁRIO DE CURTA-METRAGEM
“Inocente” – Sean Fine e Andrea Nix Fine
“Kings Point” – Sari Gilman e Jedd Wider
“Mondays at Racine” – Cynthia Wade e Robin Honan
“Open Heart” – Kief Davidson e Cori Shepherd Stern
“Redemption” – Jon Alpert e Matthew O’Neill

MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
“Adam e Dog” – Minkyu Lee
“Fresh Guacamole” – PES
“Head Over Heels” – Timothy Reckart e Fodhla Cronin O’Reilly
“Maggie Simpson em ‘The Longest Daycare’” - David Silverman
“Paperman” – John Kahrs

MELHOR CURTA-METRAGEM
“Asad” – Bryan Buckley e Mino Jarjoura
“Buzkashi Boys” – Sam French e Ariel Nasr
“Curfew” – Shawn Christensen
“Death of a Shadow (Dood van een Schaduw) – Tom Van Avermaet e Ellen De Waele
“Henry” – Yan England

MELHOR MAQUIAGEM
“Hitchcock” – Howard Berger, Peter Montagna e Martin Samuel
“O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” – Peter Swords King, Rick Findlater e Tami Lane
“Os Miseráveis” – Lisa Westcott e Julie Dartnell

MELHOR EDIÇÃO
“Argo” – William Goldenberg
“As Aventuras de Pi” – Tim Squyres
“Lincoln” – Michael Kahn
“O Lado Bom da Vida” – Jay Cassidy e Crispin Struthers
“A Hora Mais Escura” – Dylan Tichenor e William Goldenberg

MELHOR FOTOGRAFIA
“Anna Karenina” – Seamus McGarvey
“Django Livre” – Robert Richardson
“As Aventuras de Pi” – Claudio Miranda
“Lincoln” – Janusz Kaminski
“007 - Operação Skyfall” – Roger Deakins

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Before My Time” (de “Chasing Ice”) – Música e letra de J.Ralph
“Everybody Needs a Best Friend” (de “Ted”) – Música de Walter Murphy e letra de Seth MacFarlane
“Pi’s Lullaby” (de “As Aventuras de Pi”) – Música de Mychael Danna e letra de Bombay Jayashri
“Skyfall” (de “007 - Operação Skyfall”) – Música e letra de Adele Adkins e Paul Epworth
“Suddenly” (de “Os Miseráveis”) – Música de Claude-Michel Schönberg e letra de Herbert Kretzmer e Alain Boublil

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
“Anna Karenina” – Dario Marianelli
“Argo” – Alexandre Desplat
“As Aventuras de Pi” – Mychael Danna
“Lincoln” – John Williams
“007 - Operação Skyfall” – Thomas Newman

DIREÇÃO DE ARTE
“Anna Karenina” – Sarah Greenwood (design de produção) e Katie Spencer (decoração do set)
“O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” – Dan Hennah (design de produção); Ra Vincent e Simon Bright (decoração do set)
“Os Miseráveis” – Eve Stewart (design de produção) e Anna Lynch-Robinson (decoração do set)
“As Aventuras de Pi” – David Gropman (design de produção) e Anna Pinnock (decoração do set)
“Lincoln” – Rick Carter (design de produção) e Jim Erickson (decoração do set)

EDIÇÃO DE SOM
“Argo” – Erik Aadahl e Ethan Van der Ryn
“Django Livre” – Wylie Stateman
“As Aventuras de Pi” – Eugene Gearty e Philip Stockton
“007 - Operação Skyfall” – Per Hallberg e Karen Baker Landers
“A Hora Mais Escura” – Paul N.J. Ottosson

MIXAGEM DE SOM
“Argo” – John Reitz, Gregg Rudloff e Jose Antonio Garcia
“Os Miseráveis” – Andy Nelson, Mark Paterson e Simon Hayes
“As Aventuras de Pi” – Ron Bartlett, D.M. Hemphill e Drew Kunin
“Lincoln” – Andy Nelson, Gary Rydstrom e Ronald Judkins
“007 - Operação Skyfall” – Scott Millan, Greg P. Russell e Stuart Wilson

EFEITOS VISUAIS
“O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” – Joe Letteri, Eric Saindon, David Clayton e R.Christopher White
“As Aventuras de Pi” – Bill Westenhofer, Guillaume Rocheron, Erik-Jan De Boer e Donald R.Elliott
“Os Vingadores” – Janek Sirrs, Jeff White, Guy Williams e Dan Sudick
“Prometheus” – Richard Stammers, Trevor Wood, Charley Henley e Martin Hill
“Branca de Neve e o Caçador” – Cedric Nicolas-Troyan, Philip Brennan, Neil Corbould e Michael Dawson

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Critics' Choice Movie Awards


O drama de Ben Affleck sobre um refém no Irã, "Argo" , o astro de "Lincoln" , Daniel Day-Lewis, e Jessica Chastain, do filme "A Hora Mais Escura" , ficaram entre os grandes vencedores dos Critics' Choice Movie Awards, na quinta-feira.

"Argo" venceu como melhor filme de drama, enquanto "O Lado Bom da Vida" arrebatou todos os prêmios de comédia - melhor filme, melhor ator para Bradley Cooper e melhor atriz para Jennifer Lawrence.

O 250 membros da Broadcast Film Critics Association, a maior organização de críticos do filme nos Estados Unidos e Canadá, também deram a "O Lado Bom da Vida" o prêmio de melhor elenco, no evento realizado em Santa Monica, na Califórnia.

Ao receber o prêmio de melhor diretor, Affleck brincou com o fato de ter sido ignorado nesta categoria do Oscar 2013 , que revelou seus indicados  na quinta-feira. "Eu gostaria de agradecer à Academia (do Oscar)", disse. "Brincadeira. Este aqui é o que vale."

Day-Lewis ganhou como melhor ator de drama por sua aclamada atuação no papel-título do drama histórico de Steven Spielberg, enquanto Jessica Chastain levou o prêmio de atriz de drama pela atuação no filme de Kathryn Bigelow sobre a caçada a Osama Bin Laden.

Além de vencer como atriz de comédia, Jennifer Lawrence também levou para casa o prêmio de melhor atriz em filme de ação por "Jogos Vorazes".

Muitas estrelas que foram indicadas apenas algumas horas antes para o Oscar, o prêmio mais importante de Hollywood, estavam na cerimônia, incluindo Anne Hathaway, que ganhou o prêmio de melhor atriz coadjuvante por "Os Miseráveis" .

O prêmio de melhor ator coadjuvante foi para Philip Seymour Hoffman por "O Mestre" .

O diretor David O. Russell dedicou a estatueta de melhor filme de comédia dada a "O Lado Bom da Vida" para o seu filho, dizendo: "Eu fiz isso para lhe dar esperança", acrescentando: "Esse é o meu lado bom."

Os prêmios de melhor roteiro foram vencidos por Quentin Tarantino por seu roteiro original de "Django Livre" e Tony Kushner, que adaptou o roteiro de "Lincoln".

A cantora britânica Adele ganhou por melhor canção com "Skyfall" do filme de James Bond "007 - Operação Skyfall" e Daniel Craig foi eleito o melhor ator em filme de ação pelo personagem do agente britânico. O filme também ganhou melhor filme de ação.

A menina de 9 anos Quvenzhane Wallis, estrela de "Indomável Sonhadora" , que se tornou a mais jovem   indicada ao prêmio de melhor atriz no Oscar, foi eleita a melhor jovem atriz no Critics Choice.

Os prêmios foram entregues antes do Globo de Ouro, que será no domingo, e uma série de outras premiações que aproximam o caminho para o Oscar, que será realizada em 24 de fevereiro.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

"Big Bang" e "Jogos Vorazes" vencem People's Choice Awards


"Jogos Vorazes" foi escolhido o Filme Favorito na 39ª edição do People's Choice Awards. A série "The Big Bang Theory" foi a vencedora na categoria Comédia de TV Favorita.

A cerimônia, apresentada pela atriz de "The Big Bang Theory" Kaley Cuoco, aconteceu na madrugada desta quinta-feira (10) no Teatro Nokia, em Los Angeles. Os vencedores do People's Choice Awards, que premia desde 1975 o melhor do cinema, TV e música dos EUA, são escolhidos pelo público. A edição deste ano contabilizou 450 milhões de votos.

Logo no início do evento, Jennifer Aniston foi premiada como Atriz Favorita de Comédia em Cinema, e os fãs escolheram Taylor Swift como a Artista Favorita de Country. Os atores Jensen Ackles e Jared Padalecki, de "Supernatural", o Programa de Ficção Científica Favorito, anunciaram a Banda Favorita, prêmio que ficou com Maroon 5. "Estar em uma banda, sem os fãs, você não é nada. Muito obrigado a todos que nos apoiaram", disse Adam Levine, que chegou a se emocionar e se confundir com o discurso ao receber o prêmio.

Em seguida, Alicia Keys apresentou o hit que dá nome ao seu novo disco, "Girl on Fire". Ellen DeGeneres, a Apresentadora Favorita de TV em Horário Diurno do People's Choice Awards, anunciou a vencedora do prêmio de Atriz Favorita de Comédia para TV, que ficou com Lea Michele, de "Glee". A série musical também foi premiada em Ator Favorito de Comédia na TV, por Chris Colfer. O Ator Favorito de Comédia para Cinema foi Adam Sandler e o cantor country Jason Aldean se apresentou em seguida fechando outro segmento da cerimônia.

O Melhor Artista Revelação foi o grupo The Wanted, que venceu as boy bands One Direction e Fun na categoria. "Nós nunca esperamos ganhar, muito obrigado", disse o vocalista Max George. Os atores Stephen Amell, de "Arrow", e Morena Baccarin, de "Homeland", anunciaram a Melhor Atriz de Cinema, Jennifer Lawrence, de "Jogos Vorazes".

O Artista Pop Favorito do People's Choice Awards foi Katy Perry, que disse que devia existir um prêmio de melhores fãs. "Eles me deram tempo para crescer como artista", falou. A Atriz Dramática Favorita de TV foi Ellen Pompeo, a Meredith Grey de "Grey’s Anatomy". Nathan Fillion foi o Ator Dramático de TV Favorito e Robert Downey Jr. o Ator Favorito de Cinema.

Em seguida, a cerimônia homenageou Sandra Bullock por seus esforços para a reconstrução de Nova Orleans após a destruição causada pelo furacão Katrina. Ela se tornou a primeira vencedora do prêmio Humanitário Favorito do People's Choice Awards.

A vencedora do prêmio de Atriz Dramática Favorita foi Emma Watson, que está no longa "As Vantagens de ser Invisível". Heidi Klum anunciou a última apresentação musical da noite, que foi de Christina Aguilera. A cantora recebeu em seguida o prêmio People’s Voice.

Confira abaixo lista completa dos vencedores:

Cinema

Filme Favorito: "Jogos Vorazes"
Ator Favorito: Robert Downey, Jr.
Atriz Favorita: Jennifer Lawrence
Filme de Ação Favorito: "Jogos Vorazes"
Estrela de Ação: Chris Hemsworth
Heroína Favorita: Jennifer Lawrence - "Jogos Vorazes"
Ator Dramático Favorito: Zac Efron
Atriz Dramática Favorita: Emma Watson
Filme Cômico Favorito: "O Ursinho Ted"
Ator Cômico Favorito: Adam Sandler
Atriz Cômica Favorita: Jennifer Aniston
Ícone de Cinema Favorito: Meryl Streep

Televisão

Ator de Série Dramática: Nathan Fillion
Atriz de Série Dramática: Ellen Pompeo
Série de Comédia Favorita: “The Big Bang Theory”
Ator de Série Cômica: Chris Colfer
Atriz de Série Cômica: Lea Michele
Série de Ficção Científica/Fantasia Favorita: Supernatural

Música

Música Favorita do Ano: “What Makes You Beautiful” - One Direction
Álbum Favorito: “Up All Night” - One Direction
Cantor Favorito: Jason Mraz
Cantora Favorita: Katy Perry
Artista Pop Favorito: Katy Perry
Artista R&B Favorito: Rihanna
Artista Hip-Hop Favorito: Nicki Minaj
Banda Favorita: Maroon 5
Novo Artista Favorito: The Wanted
Video Clipe Favorito: "Part of Me" - Katy Perry

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Os Candidatos

252562Não sei bem a qual estilo de filme podemos colocar Os Candidatos. Claro, é uma comédia, mas poderia ser uma comédia crítica, ou daquelas que segue um tom diferente do que é comumente apresentado em filmes de eleições e políticos. No fundo, se você assistiu Uma Eleição
Atrapalhada, com Ray Romano e Gene Hackman, perceberá que no fundo, esta segunda consegue ser mais engraçada e mais inteligente.

Will Ferrell e Zach Galifianakis são esforçados, e conseguem arrancar algumas boas risadas. No mais, são espalhafatosos e exagerados. Mas esse não é o problema do filme. Seu maior ponto fraco é mesmo seu roteiro. Bagunçada, a história é previsível e com várias piadas prontas, daquelas que você já viu em muitos outros filmes.

Não se trata de uma produção que invista em seus elementos técnicos, mas ainda assim, tem uma fotografia bem acima da média. Cores e luzes funcionam bem. Mas esse não é o foco da produção. Na verdade, o filme buscou uma maneira de apresentar o lado sórdido nos bastidores de uma eleição, mas isso já foi feito, e o resultado final, não é tão brilhante quanto o imaginado.

O filme conta que, quando o experiente congressista Cam Brady (Will Ferrell) comete uma grande gafe pública antes de um período eleitoral, dois riquíssimos CEOs planejam colocar um candidato rival para ganhar influência no distrito da Carolina do Norte, onde a disputa vai ocorrer. O homem escolhido é o inocente Marty Huggins (Zach Galifianakis), diretor do Centro de Turismo local. De primeira, Marty parece ser a escolha mais improvável, mas, com o apoio de seus novos benfeitores, de um gerente de campanha arrojado e das ligações políticas de sua família, ele logo se torna um candidato com quem o carismático Cam precisa se preocupar.

Uma comédia interessante, mas ainda assim, abaixo da média. Consegue oferecer algumas boas piadas, mas no geral, sua história é previsível e fraca. No conjunto, nem as já manjadas atuações de Ferrell e Galifianakis conseguem salvar o filme. Claro que já assisti filmes muito piores, por isso ainda penso que vale o tempo e o investimento. Mas no conjunto geral, parece que a boa ideia perdeu força para o humor forçado que invade as comédias atuais.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Jay Roach
Elenco: Will Ferrell, Zach Galifianakis, Jason Sudeikis, Dylan McDermott, Brian Cox, John Lithgow, Dan Aykroyd, P. J. Byrne, Katherine LaNasa, Josh Lawson, Amelia Jackson-Gray, Late Lang Johnson, Gary Grubbs, Kevin Beard, Thomas Middleditch, Glen Warner, Taryn Terrell, Michelle Torres, Billy Slaughter, Lance E. Nichols, Kasey Emas, Grant Case, Jordan Sudduth, Sarah Baker, JohnCenatiempo, Terrence Parks, Scott A. Martin, Karen Maruyama, Grant Goodman, Cynthia LeBlanc, Elton LeBlanc, Amber Dawn Landrum, John L. Armijo, Mikki Val, Caitlyn Bosarge, Emily D. Haley, Ramona Tyler, Trey Burvant, Carl J. Walker, Elizabeth Wells Berkes, Randall D. Cunningham, John C. Klein, Madison Wolfe, Kya Haywood, Rowan Joseph, Patrick Weathers, Sara Kenley, Parker Lovein, Millard Darden, Jason Kirkpatrick, Jonathan Ray, John D. Reaves, David Michael Warren, Timothy Hinrichs
Produção: Will Ferrell, Zach Galifianakis, Adam McKay, Jay Roach
Roteiro: Shawn Harwell, Chris Henchy
Fotografia: Jim Denault
Duração: 115 min.
Ano: 2012
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Everyman Pictures / Gary Sanchez Productions
Classificação: 14 anos

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Ladrão de Casaca

206320Cary Grant e Grace Kelly, em um filme de Alfred Hitchcock, poderia ser pedida melhor? Dificilmente. Adicione a isso uma produção com fotografia fantástica, marca de Hitchcock, mas com uma pegada extra (de verdade, você percebe que o visual do filme é diferente já na primeira sequência), e um roteiro inteligente e com um começo, meio e fim bem caracterizados.

Ladrão de Casaca é tudo isso e muito mais. Mesmo sendo colocado no gênero suspense, é uma produção que mistura ação, romance, e até uma pitada de comédia. Para um filme de 1955, tudo parece funcionar perfeitamente.

O roteiro vai bem do começo ao fim, com uma narrativa perfeita, que não se prende a detalhes desnecessários, nem é rápida demais. Quando o filme acaba, a sensação é a de que você teve a dose exata de entretenimento.

A combinação de um bom elenco, com uma história inteligente e agradável, com a parte audio visual de primeiríssima qualidade, resultam em um filme super atraente, e que tem tudo para conquistar o espectador.

No filme, um ladrão aposentado (Cary Grant) deve ajudar a polícia francesa e uma rica viúva a encontrar o ladrão que está roubando joias na Riviera Francesa para que ele mesmo, como principal suspeito, não acabe preso.

Uma produção que tem tudo para agradar todos os tipos de audiência. Elenco de primeira qualidade, um excelente diretor, destaque na qualidade audio visual, e uma história que combina ação, romance, suspense, humor, muito bem balanceados, e de maneira agradável, com gostinho de quero mais. Grande pedida para quem curte um clássico que se mantêm atual.
 

FICHA TÉCNICA

Diretor: Alfred Hitchcock
Elenco: Cary Grant, Grace Kelly, Jessie Royce Landis, John Williams, Charles Vanel, Brigitte Auber, Jean Martinelli, Georgette Anys
Produção: Alfred Hitchcock
Roteiro: John Michael Hayes
Fotografia: Robert Burks
Trilha Sonora: Lyn Murray
Duração: 106 min.
Ano: 1955
País: EUA
Gênero: Suspense
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Paramount Pictures

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Busca Frenética

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Busca Frenética já é das antigas, mas o peguei passando na TV outro dia, e decidi reavivar as memórias deste bom filme. Em uma muito bem balanceada mistura de suspense e ação, Busca Frenética não é daqueles filmes repleto de efeitos e firulas visuais, ele se baseia na excelente atuação de Harrison Ford, que segura as pontas da trama do começo ao fim.

Ponto para o roteiro, muito bem costurado, com uma trama bem desenhada, que prende a atenção do espectador do começo ao fim. O filme começa de forma lenta, com poucos diálogos, pouca ação atraente, mas a partir da metade a coisa muda de figura e espanta o sono.

Começa então a parte mais tensa do filme, com o desenrolar, e algumas surpresas. As cenas de luta, e perseguição lembram alguns filmes que tratavam a guerra fria.

No filme, Richard Walker (Harrison Ford) é um médico que vai com Sondra (Betty Buckley), sua esposa, a Paris para uma conferência. Porém, logo no primeiro dia de viagem, ela é sequestrada. Querendo entender a razão do acontecido, ele acaba indo parar no submundo parisiense em uma procura desesperada, sem pistas e sem ninguém para auxiliá-lo. Até que surge a linda Michelle (Emmanuelle Seigner), que resolve ajudá-lo a encontrar Sondra. Durante a procura, eles acabam envolvidos em uma trama internacional.

Uma produção bem estruturada, com um roteiro que se destaca. A história começa meio devagar, mas quando parece não ter sentido, segue uma reviravolta inusitada. O filme não se destaca por grandes efeitos especiais, ou mesmo uma trilha sonora magistral. Oferece uma grande atuação de Harrison Ford, que segura toda a emoção com seu papel. Não sei se o filme se caracteriza muito bem como um suspense, mas garante momentos bastante tensos, de arrepiar o espectador. Boa pedida para quem procura um filme inteligente, com uma história que segue uma boa dinâmica e atrai a atenção.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Roman Polanski
Elenco: Harrison Ford, Betty Buckley, Emmanuele Seigner, Djiby Soumare, Dominique Virton, Gérard Klein, Stéphane D'Audeville.
Produção: Tim Hampton, Tom Mount
Roteiro: Roman Polanski, Gérard Brach
Fotografia: Witold Sobocinski
Trilha Sonora: Ennio Morricone
Duração: 120 min.
Ano: 1988
País: EUA/ França
Gênero: Suspense
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Warner Bros.