sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Pausa para as Festas


Pessoal, o Natal tá chegando, e vem com ele o Ano Novo. 2013 estivemos juntos por um bom período, mas a dinâmica dos posts já não seguiu o mesmo ritmo dos anos anteriores. Lamento por isso, mas acabei investindo meu tempo em outros projetos, e a continuidade do blog ficou em xeque durante alguns meses, até que decidi voltar.

Gosto muito de escrever por aqui, mas para 2014 talvez seja necessário mudar a dinâmica da coisa toda mais uma vez. Escrever menos vezes, ou tentar o mundo dos VLOGS... o que não é muito minha cara, mas isso tudo pode mudar com o início do ano.

Fato é que as Festas se aproximam, e é momento de dar um tempo e renovar as energias. Passar um tempo com a família, renovar sonhos, se preparar para o que vem por aí. E que o Natal traga para todos nós o que sempre desejamos de melhor... muita saúde, muita paz, muitas alegrias, muito sucesso, e muitas alegrias... que 2014 venha com tudo, e assim como foram os últimos anos, que continuemos juntos, com muito pique, e muitas doses de entretenimento.

Obrigado a todos e até 2014................

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Copa do Mundo ameaça calendário de festivais de cinema em 2014


A Copa do Mundo de 2014 está tirando o sono dos organizadores de mostras e festivais de cinema. Há um temor de que o calendário esteja em risco por causa da fuga do patrocínio de empresas que querem priorizar os investimentos no mundial de futebol, que acontecerá em junho e julho no Brasil. Entraves burocráticos em convênios com o MinC (Ministério da Cultura) e o pleito eleitoral que acontece no próximo ano agravam ainda mais o ambiente de crise.

A atual conjuntura só piora o que já estava ruim, afirma Adriano Lima, organizador do Curta Canoa (Festival Latino-americano de Curtas Metragens) e integrante da diretoria do Fórum de Festivais. A edição deste ano do evento, que acontece há nove anos em Canoa Quebrada (CE), teve duas datas adiadas e foi realizado na última semana de novembro, com metade dos recursos previstos e programação esfaqueada. "Quase não conseguimos fazer", disse ele ao UOL.

Lima lamenta a redução na programação. "Tivemos que ficar no básico, quase somente na mostra competitiva. Cancelamos oficinas, debates e convite a convidados". O evento costumava oferecer uma grade extensa de oficinas voltadas à formação audiovisual. "Quando começamos não havia nenhum filme feito aqui na região. Hoje são vários grupos, como o núcleo de animação, que teve que parar por falta de recursos".

O diretor do evento alerta que as atenções voltados ao esportivo está inviabilizando os caminhos. "As empresas afirmam que não têm verba por causa da Copa. Até o MinC abriu edital de R$ 50 milhões para projetos que associem cultura e futebol, mas que só vale para as cidades que sediarão os jogos. E como ficam as outras?", questiona.

Ele aponta como outro fator responsável as mudanças no sistema de convênios do MinC para repasse de recursos do Fundo Nacional de Cultura. "Está causando a destruição de festivais", reclama. Tecnicamente nada mudou, mas há cerca de três anos o MinC promoveu um aumento da fiscalização com o objetivo de dar mais transparência aos processos, utilizando um controle do acesso aos recursos por meio de chamamento público.

O resultado, segundo organizadores, é o aumento no volume de entraves burocráticos. "Mesmo após aprovação dos projetos e publicação no Diário Oficial, festivais ficam dependendo de assinatura dos convênios, que nunca acontece", disse Lima. Foi o que ocorreu com o Curta Canoa deste ano. Embora já estivesse com o projeto aprovado, a celebração do contrato não aconteceu a tempo de realizar o festival, que teve que buscar outras formas de financiamento.

O evento que encerra o calendário brasileiro de festivais também enfrenta problemas. O Fest Aruanda, que chegou a sua oitava edição este mês, em João Pessoa (PB), às vésperas de sua realização não havia recebido recursos na conta de incentivo municipal, de acordo com Heleno Bernardo, um dos produtores. "Todo mundo está sofrendo na cultura com todos os órgãos públicos", disse.

Modelos de financiamento

O novo sistema do MinC não representou problemas para a Mostra Tiradentes, que abre o calendário audiovisual brasileiro em 2014, agendado para acontecer entre 24 de janeiro e 1º de fevereiro. "O novo sistema do MinC pode ser aprimorado e ser mais inteligente", disse a coordenadora Raquel Hallak, diretora da Universo Produção, responsável pelas mostras de Tiradentes, Belo Horizonte e Ouro Preto.

O que mais preocupa a coordenadora da Mostra Tiradentes não é o calendário audiovisual em função da eleição e da Copa. "Os festivais podem existir em diálogo com estes acontecimentos". Para ela, a grande questão são os modelos de financiamento da área cultural no Brasil que não dialogam com ano de eleição, pois fica vedado qualquer convênio e edital público.

Raquel reclama também de precisar anualmente recomeçar o processo de inscrição do projeto em leis de incentivo e a busca desenfreada pelo patrocínio, mesmo sendo um evento consolidado no calendário brasileiro --em 2014 a Mostra Tiradentes chega a sua 17ª edição. "Precisamos recomeçar do zero a cada ano", lamenta.

Ela defende formatos de financiamento diferenciados para festivais e mostras para que gestores e empreendedores possam ter tempo hábil e compatível com a natureza e perfil do setor. "Realizamos três mostras anuais com edições consecutivas que requer planejamento, pesquisa e um tempo de pré-produção de, no mínimo, seis meses antes de cada evento. São 16 mostras já realizadas em Tiradentes, oito em Ouro Preto e sete em Belo Horizonte, totalizando 31 mostras. E, mesmo assim, não temos garantia de nada".

A coordenadora sugere implantar gestão bianual para festivais e mostras. "Seria uma forma de dar fôlego para atuarmos no mercado de maneira mais coerente com o planejamento das empresas patrocinadoras", defende. Mas ela não minimiza o impacto da Copa e eleição que, acredita, devem paralisar o país. "Tivemos várias respostas negativas de empresas que estão focando investimentos na Copa".

Com formação em economia, o produtor do Cine PE, Alfredo Bertini (autor do livro "Economia da Cultura"), propõe uma análise mais refinada dos problemas. "O buraco é mais embaixo", diz. Para ele, a Copa é uma questão conjuntural e pontual, e o entrave maior é provocado principalmente pelo crescimento da burocracia e de controles no atual governo federal.

"Toda a gestão da cultura foi contaminada por esses princípios de fiscalização. Temo que o já diminuto orçamento do MinC seja em parte devolvido, servindo para ajudar com cifras minguadas na redução de gastos públicos e a cumprir meta de superávit primário".

Carta ao MinC
Preocupado com o cenário crítico, o Fórum Nacional de Festivais encaminhou recentemente uma carta ao MinC e à Secretaria do Audiovisual, segundo informou a presidente da entidade, Marilha Naccari. O documento busca abrir diálogo sobre os problemas que ameaçam engessar o setor.

Segundo Naccari, o circuito de festivais brasileiros cria oportunidades ímpares de difusão do audiovisual feito no Brasil e do cinema cultural de países estrangeiros. "Encontrar a forma de apoio e incentivo a estes eventos que condigam com a realidade de atuação e planejamento dos festivais e mostras é nosso empenho na melhoria dos mecanismos de convênio do MinC".

A carta ressalta a importância dos festivais, que chegam atualmente a todas as regiões do país. "O festival de Canoa Quebrada é um exemplo disso, ele acontece numa região onde não há cinemas", disse a presidente da entidade. Endereçado ao novo secretário da pasta, Mário Borgneth, o documento cobra também solução sobre convênios paralisados pelo órgão, e que compromete o calendário de festivais.

Organizadora do Florianópolis Audiovisual de Mercosul (SC), Marilha Naccari também é nova no cargo. Foi eleita presidente da entidade em eleição realizada durante o Festival de Cinema de Vitória, em novembro passado. O Fórum de Festivais foi criado há uma década para representar o circuito de eventos do setor audiovisual, um calendário que já soma mais de 260 festivais e mostras.

Por Carlos Minuano, em 19/12/2013, para o portal UOL.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Segundo "O Hobbit" bate US$ 73,7 mi na estreia na América do Norte

O filme "O Hobbit: A Desolação de Smaug" arrecadou mais de US$ 73,7 milhões no primeiro fim de semana de exibição dos cinemas da América do Norte, segundo estimativa do mercado. As informações são do site da revista "Variety".

Produzido com um orçamento de US$ 250 milhões, o filme provavelmente será um dos recordistas de bilheteria do ano, já que os estúdios esperam vender US$ 1 bilhão em ingressos no mundo todo. O filme estreou em primeiro lugar no mercado americano, passando a animação "Frozen", da Disney.

No ano passado, o primeiro filme da trilogia, "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada", bateu recorde de estreias em dezembro, com arrecadação de US$ 84,7 milhões no primeiro fim de semana. O recorde anterior pertencia a "Eu sou a Lenda", ficção com Will Smith que estreou em dezembro de 2007 acumulando US$ 77 milhões -- ainda acima do segundo "Hobbit".

No total, a primeira parte da série arrecadou mais de US$ 300 milhões nos cinemas dos Estados Unidos, e mais de US$ 1 bilhão no mundo todo.

"A Desolação de Smaug", o segundo da trilogia do diretor Peter Jackson baseada na obra de fantasia e aventura do escritor J. R. R. Tolkien, "O Hobbit", acompanha o hobbit Bilbo Bolseiro enquanto em sua perigosa busca com 13 anões até a Montanha Solitária, protegida por um dragão que expele fogo, Smaug.

O último filme da trilogia, "O Hobbit: Lá e de Volta outra Vez", chegará aos cinemas em dezembro de 2014.

Outros filmes

A animação "Frozen – O Reino de Gelo" ficou em segundo lugar nas bilheterias norte-americanas neste fim de semana, com US$ 22 milhões. "A Madea Christmas" aparece em terceiro, com US$ 16,2 milhões, seguido de "Jogos Vorazes – Em Chamas", que fez US$ 13,2 milhões.

Entre o fim de semana pós-feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos e a semana passada, "Jogos Vorazes" e "Frozen" lideravam a bilheteria no país.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Ator Peter O'Toole morre aos 81 anos



O ator irlandês Peter O'Toole morreu aos 81 anos, disse neste domingo (15) seu agente. O motivo da morte não foi divulgado. Ele estrelou o filme "Lawrence da Arábia" em 1962 e foi indicado oito vezes ao Oscar durante a carreira.

O agente Steve Kenis disse que o ator morreu no sábado (14) em um hospital de Londres. Ele estava doente há muito tempo, disse o agente, sem especificar a causa.

O ator também atuou em "O último imperador", de Bernardo Bertolucci, de 1987, "O leão no inverno", com Katharine Hepburn, de 1968, e diversos outros filmes em quase seis décadas de carreira no cinema.



Nascido em County Galway, na Irlanda, e criado em Leeds, na Inglaterra, ele começou a carreira no teatro britânico e se consagrou em um da das suas primeiras atuações no cinema, "Lawrence da Arábia". O trabalho de 1962, na pele de um militar inglês que lutou no Oriente Médio na Primeira Guerra Mundial, foi o mais marcante de O'Toole e ajudou a transformar o longa em um clássico do cinema.

Ele recebeu um Oscar honorário em 2003 - uma forma de a Academia de Hollywood compensá-lo por não ganhar nenhuma das outras indicações ao prêmio. Ele foi premiado quatro vezes no Globo de Ouro, uma no Emmy e uma no Bafta, entre outros reconhecimentos.

O filme mais recente pelo qual ele havia sido indicado ao Oscar foi "Venus", de 2006. No ano seguinte, ele fez a voz do personagem Anton Ego, no popular filme de animação "Ratatouille". Além de "Lawrence da Arábia", os outros filmes que renderam indicações ao Oscar foram "Becket, o favorito do rei" (1964), "O leão no inverno (1968)", "Adeus, Mr. Chips" (1969), "A classe governante" (1972), "O substituto" (1980) e "Um cara muito baratinado" (1982).

Volta a atuação

Em um comunicado divulgado em julho de 2011, Peter O'Toole disse que iria se aposentar e não mais atuar em filmes e no teatro. "O coração disso [ser ator] saiu de mim", disse, acrescentando que "não iria voltar". Mas o "The Guardian" disse que ele planejava voltar a atuar em um filme chamado "Katherine of Alexandria". O site IMDb diz que ele também estava no elenco de um filme programado para estrear em 2014, "Mary".

Ele deixa duas filhas, Pat e Kate O'Toole, de seu casamento com a atriz Siân Phillips, e um filho com Karen Brown, Lorcan O'Toole.

Peter O'Toole recebe o Oscar honorário em 2003, ao lado da atriz Meryl Streep (Foto: AFP PHOTO/TIMOTHY A. CLARY )

Repercussão

O presidente irlandês, Michael Higgins, disse ter sentido uma "grande tristeza" com o anúncio da morte do ator. "A Irlanda e o mundo perderam um dos gigantes do cinema e do teatro", escreveu em um comunicado.

Vários atores e cineastas também  lamentam a morte de Peter O'Toole no Twitter. "Um dos atores que admiro e nunca pude conhecer, Peter O'Toole morreu e eu tenho que dizer descanse em paz", disse Whoopi Goldberg. "Tão triste de ouvir da morte de Peter O'Toole. Tenho sorte de ter trabalhado com ele por um mês em Praga. Homem maravilhoso, talento memorável", escreveu Neil Patrick Harris.

"Pensamentos e orações direcionados à família de Peter O'Toole", disse o ator William Shatner. "Um brinde ao ator Peter O'Toole. Que grande estrela", disse o diretor Edgar Wright. "Que notícia terrível. Adeus, Peter O'Toole. Tive a honra de dirigir em uma cena. Monstro, aprendiz, amante da vida, gênio...", escreveu Stephen Fry.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Blockbuster abandona aluguel de DVDs e fecha suas lojas nos EUA



A locadora de vídeo norte-americana Blockbuster abandonará a atividade de aluguel de DVDs e fechará todas as suas lojas nos EUA, vítima do auge do consumo de conteúdos pela internet, anunciou nesta quarta-feira sua controladora, Dish Network.

A empresa deixará de alugar DVDs em suas lojas e por correio no começo de janeiro de 2014 e "fechará suas 300 lojas varejistas restantes nos EUA, assim como seus centros de distribuição", informou a empresa em comunicado.

"Não é uma decisão fácil, mas a demanda dos consumidores evolui claramente para a distribuição digital de vídeo", disse Joseph Clayton, diretor geral da Dish.

A marca Blockbuster continuará sendo usada para ofertas na internet.

A Dish Network, um grupo de TV por satélite, comprou a Blockbuster, que estava em quebra, em 2011.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Usar "gatonet" agora é crime e dá até dois anos de cadeia

Usar
Projeto de lei que trata da punição para a interceptação ou recepção não autorizada dos sinais de TV por assinatura, os chamados "gatonets" foi aprovado nesta terça-feira, 10/12, pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). A proposta (PLS 186/2013) considera essa prática como crime, punível com a detenção por seis meses a dois anos.

Os senadores da comissão acolheram o substitutivo proposto pelo relator, senador Sérgio Petecão (PSD-AC) ao projeto de lei do Senado, que foi apresentado por Blairo Maggi ( PR-MT), com o objetivo de preencher uma lacuna no ordenamento jurídico.

“A redação em vigor da Lei de TV a Cabo limita-se a caracterizá-las como ilícito penal, não estabelecendo as sanções correspondentes”, observa Petecão. Além de tentar inibir a interceptação e a receptação irregular de sinais de TV por assinatura, o substitutivo de Petecão amplia o texto original, prevendo outras obrigações dos assinantes para garantir “uma melhor fruição dos serviços.”

Ele propõe que a Lei nº 12.485/2011, que engloba todas as modalidades de serviços de TV por assinatura, incorpore alguns dispositivos já previstos na Lei de TV a Cabo e em regulamentos editados pela Anatel. Entre eles, que o assinante tenha os deveres de utilizar adequadamente o serviço e os equipamentos fornecidos pelas prestadoras; de pagar pela prestação do serviço na forma contratada; e de adquirir, quando for o caso, apenas equipamentos certificados pela Anatel.

O senador explicou que a dosimetria da pena proposta, bem como aspectos de constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, serão examinados pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em caráter terminativo.

Dados da Anatel mostram que o serviço de TV por assinatura no Brasil cresceu 1,8% em outubro contra setembro, para 17,7 milhões. Foram mais 320 mil assinaturas adicionadas à base. Os serviços, segundo ainda a agência, são distribuídos para aproximadamente 56,6 milhões de brasileiros.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Novo filme do diretor de "Shame" lidera indicações ao SAG; veja lista

Reprodução/Facebook

Os atores Clark Gregg e Sasha Alexander posam para foto após o anúncio dos indicados aos SAG Awards 2014

O filme "12 Anos de Escravidão", de Steve McQueen (mesmo diretor de "Shame", de 2011), lidera as indicações da 20ª edição do SAG (Screen Actors Guild Awards), o sindicato de atores dos Estados Unidos e um dos principais termômetros para o Oscar. "Álbum de Família", "O Mordomo da Casa Branca" e "Dallas Buyers Club" receberam três indicações cada. Os vencedores do SAG Awards 2014 serão anunciados no dia 18 de janeiro.

O rápido anúncio dos indicados foi feito na manhã desta quarta-feira (11) pelos atores Clark Gregg e Sasha Alexander. O SAG tem entre seus integrantes as mesmas pessoas que votam em diversas categorias do Oscar --nos últimos cinco anos, os filmes escolhidos por este sindicato ganharam o Oscar de melhor filme.

O longa "12 Anos de Escravidão" recebeu indicações para elenco, ator principal para Chiwetel Ejiofor, ator coadjuvante para Michael Fassbender e atriz coadjuvante para Lupita Nyong.

Baseada nas memórias de um negro livre que é vendido como escravo, a trama segue o homem em seu cotidiano com a família, até que, enganado por uma oferta de trabalho, é aprisionado e levado ilegalmente ao sul escravista. Começam assim 12 anos de penúrias.

O SAG também distribui prêmios na área de televisão. Neste ano, o drama "Breaking Bad" recebeu o maior número de indicações. A série, que chegou ao fim este ano após a quinta temporada, foi indicada nas categorias de melhor ator de drama, melhor atriz de drama, melhor elenco de drama e melhor conjunto de dublê.

Na última edição, o filme "Lincoln" e a comédia "30 Rock" se destacaram entre os vencedores SAG Awards. A produção de Steven Spielberg, uma das favoritas ao Oscar 2013, deu prêmios aos atores Daniel Day-Lewis (melhor ator) e Tommy Lee Jones (melhor ator coadjuvante).

As indicações do SAG dão o pontapé inicial para temporada de premiações de Hollywood cujo clímax é o Oscar, no dia 2 de março, e que prossegue com a divulgação dos indicados ao Globo de Ouro, que serão anunciados nesta quinta-feira (12).

Veja os indicados ao SAG Awards 2014:

Melhor atriz
Cate Blanchett, por "Blue Jasmine"
Meryl Streep, por "Álbum de Família"
Judi Dench, por "Philomena"
Sandra Bullock, por "Gravidade"
Emma Thompson, por "Saving Mr. Banks"

Melhor ator
Matthew McConaughey, por "Dallas Buyers Club"
Forest Whitaker, por "O Mordomo"
Bruce Dern, por "Nebraska"
Tom Hanks, por "Capitão Phillips"
Chiwetel Ejiofor, por "12 Anos de Escravidão"

Atriz coadjuvante
Jennifer Lawrence, por "Trapaça"
Lupita Nyong'o, por "12 Anos de Escravidão"
Oprah Winfrey, por "O Mordomo da Casa Branca"
June Squibb, por "Nebraska"
Julia Roberts, por "Álbum de Família"

Ator coadjuvante
Barkhad Abi, por "Capitão Phillips"
Daniel Bruhl, por "Rush"
Jared Leto, por "Dallas Buyers Club"
Michael Fassbender, por "12 Anos de Escravidão"
James Gandolfini, por "À Procura do Amor"

Melhor elenco:
"Trapaça"
"Álbum de Família"
"12 Anos de Escravidão"
"O Mordomo da Casa Branca"
"Dallas Buyers Club"

Melhor elenco de dublês
"Lone Survivor"
"Rush: No Limite da Emoção"
"All Is Lost"
"Velozes e Furiosos 6"
"Wolverine - Imortal"

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Burocracia trava bilhões arrecadados pela Ancine

Nunca se arrecadou tanto dinheiro para investimento no audiovisual brasileiro: só nos últimos dois anos, foram quase R$ 2 bilhões. Mas a maior parte dessa arrecadação não está chegando a quem faz filmes e séries de TV, por conta da burocracia da Ancine (Agência Nacional de Cinema).

Ciente do problema, a agência pretende anunciar, ainda neste ano, alterações no FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), com novos modelos de financiamento que pretendem dar mais agilidade à liberação dos recursos.

O problema é que parte da verba do fundo ainda não empenhada (mais de R$ 1 bilhão) corre o risco de ser contingenciada pelo governo federal, segundo fontes ouvidas pela Folha.


Ou seja: por não ter conseguido gastar, a Ancine se arrisca a perder parte do que acumulou.

Esse cenário começou a se desenhar com a chamada lei da TV Paga (2011), que fez com que as empresas de telecomunicações passassem a pagar a Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional), que abastece o FSA.

Resultado: a arrecadação para o fundo aumentou quase 17 vezes,saltando de R$ 54,6 milhões em 2011 para R$ 906,7 milhões em 2012, patamar que se manteve neste ano (R$ 977,8 milhões).

Nem todo esse dinheiro vai para o FSA porque o governo pega 20% do valor bruto. Mas o crescimento no orçamento do fundo foi expressivo: de 2007 até junho deste ano, somou R$ 2,02 bilhões.

FATIAS DO BOLO

A Ancine ofereceu ao mercado (produtoras de cinema, de TV, distribuidores e exibidores), no mesmo período, pouco mais de 40% deste total --cerca de R$ 857 milhões.

Editoria de Arte/Folhapress

Por que o restante do orçamento ainda não foi investido? Procurada pela reportagem da Folha ao longo de duas semanas, a Ancine preferiu não responder a essa questão.

"A execução orçamentária dos recursos ocorre em três etapas, empenho, liquidação e pagamento", disse a agência, via assessoria, por e-mail.

"O saldo entre os valores inscritos na lei orçamentária e os pagos em cada exercício fiscal permanece em 'restos a pagar' para os exercícios seguintes, respeitando as disponibilidades financeiras do Tesouro Nacional."

O presidente da agência, Manoel Rangel, em seu terceiro mandato, também não quis dar entrevista.

"A Ancine tem absoluta consciência de tudo que está acontecendo, e está tentando superar. Agora, o Estado brasileiro está amarrado, por conta da estrutura burocrática", diz o cineasta Roberto Moreira, um dos integrantes do Comitê Gestor do FSA.

"Entre eles fazerem o concurso e o dinheiro ser liberado, às vezes vai um ano e meio, dois. É muito cruel, porque tem a inflação, você não consegue planejar. A gente tem uma sensação de uma máquina emperrada."

A lentidão do sistema fica evidente quando se compara o total disponibilizado pelo FSA (R$ 857 milhões) com o que foi efetivamente pago até agora: R$ 310 milhões.

REGRAS DO CONTRATO

Para a Ancine, a culpa é do mercado. "Todos os recursos disponibilizados nos editais e linhas de crédito contam com disponibilidade financeira para liquidação imediata. A liquidação depende exclusivamente do atendimento pelo privado das condições contratuais pactuadas", disse a agência, via assessoria.

O problema, segundo quem produz, está justamente nas "condições contratuais pactuadas", com regras como a que prevê que os projetos tenham de captar no mínimo 80% de seu orçamento antes de receberem o dinheiro da Ancine.

A esperança do mercado é que as novas regras do FSA, que trarão mecanismos de financiamento automático (o atual modelo é baseado em análise de projetos via edital), agilizem a liberação da verba e, por extensão, o ritmo das produções. Resta ver quanto sobrará do orçamento até lá.

Por Marco Aurélio Canônico, para o jornal Folha de São Paulo, em 10/12/2013.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Trailers cada vez mais aderem à estética dos clipes

Na edição deste mês, a revista norte-americana "Wired" fez um estudo anatômico de 154 trailers de filmes entre 1933 e 2013. Ele aponta que as mudanças vistas na linguagem cinematográfica, pelas quais o cinema se aproximou da estética do videoclipe (com mais cortes e movimentos de câmera), também ocorreram nessas peças.

Na década de 1950, o trailer dos filmes analisados tinha, em média, 12 cortes por minuto e maior duração --o de "O Maior Espetáculo da Terra" (1952) durava seis minutos e 53 segundos. Já "Argo", vencedor do Oscar deste ano, tem um trailer com 59 cortes por minuto (em dois minutos e meio).

Um trailer é constituído, geralmente, por três atos: primeiro, personagens e trama são apresentados; em seguida vêm os conflitos, intensificados no terceiro ato com tensão ou humor, por exemplo.

Mas são principalmente os que subvertem essa estrutura que acabam lembrados depois. O diretor de "O Abismo Prateado" (2013), Karim Aïnouz, decidiu ir além da receita básica de resumir a história.

"O trailer deveria se esquecer de que era um trailer para virar peça conceitual, algo que fizesse com que o espectador imaginasse as imagens a partir de um dos lastros do filme. No caso, a própria canção que o inspirou ['Olhos nos Olhos', de Chico Buarque]", explicou Aïnouz.

Com um um minuto e 31 segundos, a peça inspirada principalmente na nouvelle vague (movimento artístico surgido no final dos anos 1950 e formado por cineastas como Jean-Luc Godard e François Truffaut) emula um karaokê da música de Chico.

"Dr. Fantástico" (1964), de Stanley Kubrick, tem um trailer com 136 cortes por minuto, que alterna diálogos e letreiros.

Mas, se a ideia é resumir, por que não fazer como Jean-Luc Godard? O trailer de "Filme Socialismo" é simplesmente os 102 minutos do longa acelerados em 74 segundos.

Por Matheus Magenta, para o caderno Ilustrada, da Folha de S. Paulo, em 25/06/2013.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Ameaçado nas salas de cinema pelos exibidores, trailer ganha força na internet

O trailer cinematográfico vive tempos de transformação. Nos EUA, o maior mercado do mundo, a associação nacional dos donos de cinema iniciou neste mês um lobby para tentar reduzir sua duração, a fim de diminuir o intervalo entre as sessões e aumentar a publicidade antes dos filmes.

Por outro lado, esse aperitivo de novos filmes encontrou na internet um local para se consolidar como o principal chamariz para espectadores em potencial e um termômetro útil para planejar o lançamento e até mesmo prever o sucesso nas bilheterias.

Cada dono de cinema decide qual trailer vai exibir antes de cada filme. E essa escolha se dá a partir de critérios como idade, perfil socioeconômico, gênero e proximidade temática entre os filmes.


 
"Não há uma transação comercial entre distribuidores e donos de cinemas, mas sim um interesse em comum em fazer com que os lançamentos fiquem mais conhecidos pelo público", diz Otelo Betin Coltro, vice-presidente do grupo PlayArte, que atua como distribuidor e exibidor.

Mesmo sem troca de valores, essa negociação é tão acirrada que, nos EUA, blockbusters como "Batman" ou "Superman" são antecedidos por até oito trailers -cada um com dois minutos e meio de duração, em média.

A REDE SOCIAL

Em 1998, fãs lotaram salas de cinema que exibiam filmes que pouco lhes importavam só para assistir ao trailer de "Star Wars: Episódio 1 - A Ameaça Fantasma" (1999). Hoje, as peças surgem primeiro, em muitos dos casos, em redes sociais como o Facebook, que possibilita o compartilhamento de um vídeo com apenas um clique.

O novo habitat para a peça publicitária, porém, trouxe mudanças a seu formato.

"Na internet, o trailer precisa ser atrativo nos primeiros dez segundos. Diferentemente do cinema, onde o público vai continuar sentado olhando para a mesma tela, na internet o espectador pode dispensar seu conteúdo com um clique", diz Vanessa Queiroz, sócia do Estúdio Colletivo, que faz campanhas de filmes em redes sociais.

No caso do filme nacional "Faroeste Caboclo" (2012), a visualização do trailer na internet foi como um rastilho de pólvora nas redes sociais. Em três dias, foi visto cerca de 1,5 milhão de vezes.

O feedback do público sobre o trailer na internet é, muitas vezes, mais barato e rápido que as famosas exibições-teste antes da estreia (que servem para balizar estratégias de lançamento e até mesmo refazer um filme).

"[Essa estratégia] é fundamental, pois conseguimos reforçar ou alterar algumas ações de marketing por região ou Estados, podemos reforçar a mídia nas TVs parceiras, promoções, reforçar a exibição dos trailers... Enfim, podemos direcionar toda uma campanha de marketing baseado nos feedbacks na internet", afirma Eliana Soárez, diretora-executiva de cinema da Conspiração Filmes.

FORÇA DO YOUTUBE

Um estudo publicado no último dia 6 pelo Google aponta que o número de visualizações de um trailer no YouTube (plataforma da empresa de vídeos on-line) serve para prever, com 94% de precisão, o desempenho de um filme nas bilheterias dos EUA.

No Brasil, uma pesquisa do Datafolha de 2012 mostrou que 48% das pessoas que foram aos cinemas assistiram antes ao trailer na internet.

"Uma empresa especializada em monitoramento on-line conseguiu definir quem eram as pessoas que estavam vendo o trailer --idade, gênero etc.-- e isso foi fundamental para a estratégia de lançamento", diz René Sampaio, diretor de "Faroeste Caboclo".

O longa foi lançado no último dia 31 em 464 salas e levou 554 mil pessoas aos cinemas (incluindo pré-estreias) --o número coloca o longa na 13ª posição entre todas as estreias brasileiras desde a retomada da produção nacional, nos anos 1990.

"Ouso indicar que os nossos filmes têm uma relação de público total e visualização do trailer da ordem de três vezes", diz Soárez.

É o caso de "Gonzaga - De Pai para Filho", da Conspiração, que levou 1,5 milhão de pessoas aos cinemas e teve seu trailer visto 450 mil vezes (em nove meses) no YouTube.

Já Silvia Cruz, da Vitrine Filmes (distribuidora de filmes como "O Abismo Prateado" e "O Som ao Redor"), demonstra cautela sobre investir recursos em mídias sociais para promover lançamentos.
"Uma coisa é assistir ao trailer, outra é pagar o preço para ver o filme nos cinemas."

Por Matheus Magenta, para o caderno Ilustrada, da Folha de S. Paulo, em 25/06/2013.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Zelador que mora há 18 anos no Lumiére não sabe o que fará com o fechamento do cinema

Espécie de faz-tudo do PlayArte Lumière, tradicional cinema de rua da zona oeste de São Paulo que surgiu nos anos 1950 e fechou as portas nesta quinta (20), Nilson Santo Pinheiro mora no local há 18 anos e agora não sabe o que será de sua vida sem o cinema.

Gosta de filmes de arte porque "são inteligentes" e nos "fazem refletir". Apesar de ter visto mais de mil filmes, sendo a maioria deles no Lumière, diz que morar no cinema é bem parecido a gostar bastante de chocolate e trabalhar numa fábrica de chocolate. "Tem vezes que enjoa, né?".

"Nasci numa pequena cidade mineira chamada Novo Cruzeiro [atualmente com 30.725 habitantes, segundo o IBGE] em 9 de novembro de 1972. Só estudei até a quarta série. Quando tinha 19 anos, fui para Peruíbe [no litoral sul de São Paulo] para trabalhar com construção civil. E nessa de trabalhar com obra é que eu fui parar no Lumière, que foi reformado em 1994.
Nilson Santo Pereira, zelador e morador há 18 anos do cine Lumiére Playarte, que fechou suas portas nesta quinta (20/6)

Fiquei cuidando da obra e depois passei a ser zelador do cinema, onde moro num quartinho que não mostro para desconhecidos de jeito nenhum. Sabe como é casa de homem solteiro, né? Uma bagunça só. Faço de um tudo aqui: troco os cartazes, faço a limpeza, até buscar troco em banco eu vou. E, se precisar, também sei mexer no projetor. Mas só se precisarem.

Moro aqui desde 1 de junho de 1995 e já devo ter assistido a quase uns mil filmes --grande parte aqui no Lumière. Gosto mais de cinema de arte porque eles são inteligentes, com histórias que nos fazem refletir, né? Não gosto desses filmes novos cheios de violência. As pessoas que frequentam o Lumière vêm aqui para assistir aos filmes de arte. São desses que elas gostam mais.

Preciso fazer um pouco de força para me lembrar dos primeiros filmes que vi aqui [a força se faz literalmente, ao apertar a testa com a mão esquerda]. Ah, lembrei! Um foi aquele "Agora e Sempre", com aquela moça chamada Christina Ricci, que fez "A Família Addams", e o outro foi um que virou logo um dos meus favoritos, chamado "Farinelli". Que filme lindo. É sobre um cantor castrado. Gostei tanto que procurei várias vezes o DVD para poder assisti-lo novamente, mas ainda não consegui encontrá-lo.

Enfim, aproveito que moro aqui para assistir a esses filmes, aprender os nomes dos atores e diretores enquanto troco os cartazes. E quando vejo um cartaz, já sei se vai fazer sucesso ou não. Mas é que nem gostar de chocolate e trabalhar numa fábrica de chocolate: tem uma hora que enjoa. Não quis assistir a última sessão do Lumière [na noite desta quinta (20), com a comédia romântica francesa "A Datilógrafa"] porque já vi o filme. Gosto bastante de comédia. Dou muita risada com esses filmes.

Mas [diz com uma feição triste], com o fechamento do cinema, não sei ainda o que vai ser de mim. Não quis continuar trabalhando na PlayArte [que remanejou os outros oito funcionários do local para outras salas do grupo]. Devo pegar o dinheiro que receberei da empresa para visitar minha família e depois, quem sabe, alguém me chama para cuidar de outro cinema. Essa é a coisa que eu mais gosto de fazer."

Em 21/06/2013, no jornal Folha de S. Paulo.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

James Gandolfini, astro de "Família Soprano", morre aos 51 anos

James Gandolfini na pele do mafioso Tony Soprano na série de TV "Família Soprano"

O ator James Gandolfini morreu aos 51 anos por conta de um ataque cardíaco fulminante na Itália. O artista era conhecido por atuar como protagonista na série de TV "Família Soprano" e em filmes como "A Hora Mais Escura" e "O Homem da Máfia". A informação foi divulgada pelo canal HBO e pela revista especializada norte-americana "Variety" nesta quarta-feira (19). O ator deixa a mulher, Deborah Lin, um filho do casamento anterior e uma filha recém-nascida.

Segundo a emissora, Gandolfini estava em férias na cidade de Roma quando morreu. De acordo com o site TMZ, Gandolfini visitaria a Sicília por conta da realização do 59º Festival de Cinema de Taormina. A presença do ator estava confirmada para uma aula magna ao lado do diretor Gabriele Muccino no próximo fim de semana. Em comunicado, o canal afirmou lamentar a morte do ator.

"Estamos todos em choque e sentindo uma tristeza imensurável por conta da perda de um membro amado de nossa família", dizia o texto.

Com ascendência italiana, Gandolfini teve uma carreira marcada por papéis ligados à máfia. O primeiro papel de repercussão do astro no cinema foi no filme "Amor à Queima-Roupa", de 1993, quando interpretou o criminoso Virgil. Mas a fama viria somente a partir de 1999, ao atuar como o mafioso Tony Soprano, chefe de uma família que comandava o crime em Nova Jersey.

Vencedor de três prêmios Emmy por conta do papel, Gandolfini chegou a faturar US$ 1 milhão por episódio. A atuação também rendeu ao artista quatro indicações e uma vitória no Globo de Ouro de 2000, uma das principais premiaçôes da indústria de TV e cinema.

Recentemente, a série foi eleita como a mais bem escrita da história da televisão americana pela associação de roteiristas do país (Writers Guild Of America), à frente de atrações como "Seinfeld" e "The Twilight Zone".

No cinema, o último trabalho do ator foi a participação no longa "The Incredible Burt Wonderstone", estrelado por Steve Carell e Steve Buscemi. O longa ainda não chegou ao Brasil. Ele também estava no elenco de "Animal Rescue", filme previsto para ser lançado em 2014 nos EUA com Tom Hardy.

Já na TV, Gandolfini trabalhava atualmente na série "Criminal Justice", da HBO, e no programa "Taxi 22", da CBS.

Gandolfini ainda esteve em uma peça na Broadway, no começo de sua carreira, como principal ator de uma versão teatral de "Sindicato dos Ladrões", clássico do cinema estrelado por Marlon Brando em 1954. Há quatro anos, o ator retornou aos palcos para estrelar uma adaptação de "Deus da Carnificina".

Repercussão

Celebridades de Hollywood usaram o Twitter para lamentar a morte do ator. Steve Carell, que atuou ao lado de Gandolfini em seu último filme, disse: "Notícias ruins inacreditáveis. Era um grande homem", dizia a mensagem.

Já Ewan McGregor afirmou que o mundo perdeu um de seus principais astros. "Meus pensamentos estão com sua família. Era tão talentoso. Estou muito triste", escreveu.

Jeff Daniels, Kevin Smith e o apresentador Jimmy Kimmel também usaram o microblog para dar o adeus para Gandolfini. Jonah Hill citou o astro como um de seus atores favoritos.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Fox investe nos 'hábitos da classe C' para crescer no país

Objeto do desejo de quase todo produtor de conteúdo nos últimos dois anos, a classe C encontrou abrigo, em parte, nos canais da Fox.

A principal receita da programadora, os recursos que recebe de operadoras como Net e Sky pela transmissão dos canais, cresceu 55% no ano fiscal que termina neste mês.

"A gente via que o público que estava chegando [à TV paga], de classe C, tinha hábitos diferentes", descreve o diretor-geral, Gustavo Leme. "E a gente tinha que perseguir esses hábitos."

A Fox partiu para dublar todos os canais, acelerou produções nacionais e contratou um vice de programação que vinha da TV aberta mais popular, ex-Record e SBT. Também lançou seu canal de esportes, concentrado em futebol e com programador também saído da TV aberta.

Mas o salto de 55% na receita com "eyeballs", globos oculares, como Leme descreve o faturamento junto a assinantes das operadoras, não se refletiu em anúncios, que cresceram 28%. Com o percentual menor de publicidade, a média do aumento da receita da Fox foi de 49%.
 
*
O que significou este último ano para a Fox?
Gustavo Leme - Muita mudança. Chegou um momento em que a gente falou, "Olha, a Fox precisa se estruturar de maneira mais sólida no Brasil". Foi há praticamente dois anos. E coincidiu com a Fox comprando a parte da Hicks Muse no Fox Sports. Com o controle de todo o canal, a gente lançou no Brasil.

Nesse período, final de 2011, início de 2012, a gente estava num escritório que era um terço deste e decidiu que iria fazer toda a programação dos canais. Contratamos Paulo Franco, que vem de SBT, Record. A gente via que, com o crescimento da TV por assinatura, o público que estava chegando, de classe C, tinha hábitos diferentes. E a gente tinha que perseguir esses hábitos. Uma decisão foi trazer essa cultura.

Um pouco de TV aberta.
Com o Paulo, a partir da metade do ano passado a gente conseguiu com os canais de entretenimento --a Fox, o FX, o National Geographic, o Bem Simples, o Fox Life-- um crescimento muito grande em audiência. O Fox hoje é o primeiro entre todos os canais de TV por assinatura. O NatGeo é o primeiro em termos de documentários, passou o concorrente. O FX estava lá em 25º e agora está ranqueando entre os dez principais. Foi essa aposta de TV aberta, de investir na dublagem.

Que virou uma política ampla.
Para todos os canais. E a gente passou a produzir muito mais no Brasil. Os conteúdos do Bem Simples, por exemplo, eram todos feitos na Argentina, em português.

"Homens Gourmet", Palmirinha, a Carla Pernambuco com "Brasil no Prato". E a gente está agora em parceria com a Casablanca para produzir a nova temporada.

Em São Paulo?
O estúdio é na Vila Mariana. A produção é terceirizada, porque esse é o objetivo da lei [12.485, de 2012], incentivar a produção independente nacional. A gente contratou a Casablanca também para o Fox Sports. E, para a programação, o Edu Zerbini, também um cara de TV aberta.

Você também convidou Patrícia Abravanel, para o Bem Simples?
Não era convite. A ideia era usar os produtos da Jequiti e eventualmente fazer um programa no Bem Simples. Não era tirar ela do SBT. Era uma coisa comercial, para vender produto cosmético. E não funcionou.

Um ano atrás, você previa um crescimento de faturamento neste ano fiscal que termina em junho. Ele aconteceu?
Aconteceu. Posso dar o número percentual. Comparado com o ano fiscal de 2012, que terminou em junho do ano passado, o de 2013 cresceu 49%, como total do faturamento. A gente teve aumento até da receita de publicidade, porque tem um pacote mais consistente, com entretenimento, esporte, "life style".

O vice da Turner reclamou que no Brasil a TV paga cresce em penetração, mas a publicidade não acompanha.
No caso da Fox, além do aumento na base de assinantes, tivemos aumento de audiência. Isso se reflete num número muito maior de telespectadores, só que a gente não consegue refletir isso no valor da publicidade.

Você vai no anunciante num dado ano e vende um pacote por R$ 1 milhão; no ano seguinte, você teve aumento de base, você aumentou em 50% o número de "eyeballs", de pessoas que estão assistindo, e não consegue repassar para o cara de uma vez.

Por que há essa lentidão?
Porque as verbas já estão em grande parte comprometidas com algumas estratégias. O cara, para tirar dinheiro de TV aberta e passar para TV por assinatura, é difícil.

Tem as bonificações de volume [recursos destinados pelos veículos às agências, para direcionar anunciantes]. Mas aí, no ano seguinte, você já consegue um pedaço maior e vai andando.


 
Gustavo Leme, diretor-geral da Fox
Gustavo Leme, diretor-geral da Fox

Além da publicidade, a receita vem das assinaturas?
É o quanto a gente cobra das operadoras, Net, Sky, Vivo, Claro. É o "fee", o valor que a gente cobra por assinante, por cada canal. O aumento foi muito grande, 55%. Foi o que mais carregou.

Com relação à produção nacional, você vê a lei como positiva, hoje?
Nunca vi a lei como positiva. Não mudou tanto o mercado, pelo menos para a gente, que iria produzir de qualquer maneira. Quando a gente produziu a série "9MM" nem se falava em lei, cotas, essas coisas. A gente tem muito mais conteúdo hoje, em termos de horas, do que determina a lei. A lei também não serviu para crescimento de mercado, porque o mercado iria crescer de qualquer jeito. E não serviu para mudar de mãos o dinheiro que é usado para produção independente, porque os mesmos estão produzindo, para os mesmos. As grandes produtoras continuam centralizando o dinheiro.

E houve consequências negativas?
O que teve um apelo negativo foi a questão de cotas de canais nas operadoras. Isso complicou muito a vida da gente. A gente já poderia ter mais canais, ter novos projetos, mas isso ficou inviável porque os canais obrigatórios acabaram tomando todo o espaço das operadoras. Eles estão sendo lançados e são canais que a gente pode ver que muito poucos têm alguma coisa a acrescentar para o telespectador.

A Fox cresceu, mas a Globosat ainda está muito na frente?
Muito. A gente nunca vai chegar ao tamanho que tem a Globosat.

Até pela limitação de canais.
Pela limitação de canais. Pelo tamanho do investimento que eles já fizeram todos estes anos. A gente tem muito o que correr atrás. Também pelos conteúdos que eles têm. Um canal como o Viva, por exemplo, é baseado em todo o conteúdo histórico da Globo. Isso não tem preço.

O canal Fox já está na frente da RedeTV! na TV paga?
Não consistentemente, mas em muitos momentos o Fox e o Fox Sports superam alguns canais de TV aberta, dentro do universo de cabo. Isso acontece. Não é ainda um comportamente sistemático, mas em muitos momentos a gente já supera. Em alguns, a gente ficou em segundo, só atrás da Globo. Isso no âmbito da TV por assinatura, porque, se você for contar o universo total de TV, não tem como.

Você considera que a maneira como é medida a audiência da TV por assinatura no Brasil está funcionando? Seria bom ter concorrência?
Leme - Seria excelente ter concorrência. Acho muito inconsistente ainda, em termos de quantidade de "people meters", em termos de representatividade da amostra. Podia ser melhor. E também há mudanças muito rápidas, em termos de operadoras e pacotes, e isso é difícil de acompanhar.

O Netflix estreou no Brasil há um ano e meio. Algum impacto?
Não, até agora não. A gente vê com atenção, vê que tem tido um crescimento. Mas não teve nenhum impacto, em termos do nosso negócio, ainda.

A Fox tem participação no Hulu [serviço concorrente do Netflix nos EUA]. Pretende trazer para cá?
Não, não temos nenhum projeto de lançar o Hulu aqui. O projeto que a gente tem é o Fox Play. Mas é um projeto, não está nada fechado. É como HBO Go, o Muu da Globosat, esses.

Através das operadoras ou direto na internet?
Sempre passando pelas operadoras. A gente não quer fazer concorrência ao nosso próprio cliente. Vamos oferecer esse produto através da TV paga. É para este ano.

Em 19/06/2013, no jornal Folha de S. Paulo.

terça-feira, 11 de junho de 2013

"Big Bang Theory" e "Breaking Bad" são grandes vencedores no Critics Choice TV

Os atores Kunal Nayyar e Johnny Galecki aceitam o prêmio de melhor ator coadjuvante em nome do colega de "The Big Bang Theory" Simon Helberg , no Critics' Choice TV Awards, no Beverly Hills Hotel, em Los Angeles

O seriado "The Big Bang Theory" foi o principal vencedor entre as comédias no Critics Choice, premiação norte-americana de críticos de televisão, na segunda-feira (10), enquanto "Breaking Bad" e "Game of Thrones" ganharam prêmios na categoria drama, desbancando "Mad Men" e "Homeland".

O filme da HBO "Behind the Candelabra" ganhou como melhor mini-série ou filme, e a atuação de Michael Douglas como o brega e complexo Liberace lhe rendeu o prêmio de melhor ator em uma mini-série ou filme.

"The Big Bang Theory", sobre um grupo de cientistas nerds, venceu logo no início da noite, com Kaley Cuoco e Simon Helberg recebendo juntos o prêmio de melhor ator coadjuvente de comédia. A vitória de Cuoco foi dividida com Eden Sher, da comédia familiar "The Middle".

"The Big Bang Theory", em sua sexta temporada, superou "Louis", "New Girl", "Veep", "The Middle" e "Parks and Recreation".

"Game of Thrones", um épico de guerra e fantasia medieval, e "Breaking Bad", sobre um professor de química que virou um rei das drogas, empataram como vencedores do prêmio de melhor série de drama.

O protagonista de "Breaking Bad", Bryan Cranston, ganhou na categoria melhor ator em série de drama pelo segundo ano consecutivo, e agradeceu aos críticos dizendo que "se vocês não fossem condutores, não estaríamos em lugar algum".

Julia Louis-Dreyfus, estrela da comédia política "Veep", ganhou como melhor atriz de série de comédia, enquanto Louis C.K., de "Louie", recebeu o prêmio de melhor ator em série de comédia pelo segundo ano consecutivo.

"Homeland", o grande vencedor do ano passado entre os dramas, perdeu em suas três categorias. "Mad Men" também não conseguiu vencer na única categoria em que foi indicado, a de melhor atriz de drama para Elisabeth Moss.

Uma das grandes surpresas da noite veio da pouco conhecida Tatiana Maslany, do drama "Orphan Black", no qual ela interpreta uma mulher com várias identidades. Ela ganhou como melhor atriz de drama, batendo a vencedora do ano passado Claire Danes, de "Homeland".

Os vencedores da terceira premiação anual Critics Choice of Television foram escolhidos pelos membros da Associação de Críticos de Televisão e anunciados em um jantar de gala em Beverly Hills.

terça-feira, 28 de maio de 2013

TV paga brasileira terá três gigantes americanas


Três grandes empresas americanas de TV por assinatura pretendem aportar no Brasil em breve.

São elas: as programadoras Liberty Global e Scripps Networks Interactive e a operadora Dish.

A mais adiantada na operação é a americana Scripps, especializada em conteúdo sobre estilo de vida (decoração, gastronomia, turismo). A programadora tem no seu portfólio canais famosos de culinária e pretende chegar com força à América Latina.

O escritório central da programadora, que funcionará em São Paulo, já está sendo montado.

Outra empresa que já tem orçamento pronto para entrar no Brasil é a Liberty Global.

Presente em 13 países, a programadora americana possui cerca de 20 milhões de assinantes. Entre os seus canais famosos estão o MGM Channel e o Cosmopolitan.

Há anos a Liberty namora o Brasil, mas só agora iniciou conversas com operadoras de TV paga.

Outra gigante que está de malas prontas é a Dish Network. Em 2011, a operadora venceu leilão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para lançar um satélite em espaço brasileiro.

Após tentar fechar uma parceira com a Oi TV, a Dish resolveu entrar sozinha no país e deve iniciar suas operações até 2016.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Eficácia do benefício é no mínimo discutível

O amplo apoio à meia-entrada entre os paulistanos expressa a consagração, talvez irrefletida, de uma instituição cuja legitimidade provém da ideia de que a sociedade deve facilitar e estimular o acesso de estudantes a bens culturais.

Tratando-se de jovens, em geral fora do mercado de trabalho (e portanto "duros"), o ingresso reduzido diminuiria a barreira financeira que poderia privá-los do consumo de cultura. Essa lógica bem-intencionada tem sido questionada pelos fatos.

Segundo produtores da área, a presença de estudantes verdadeiros ou falsificados nas bilheterias chegaria em média a 60%, nos cinemas, e alcançaria até 95% em festivais de música pop.

Como o poder público impõe um subsídio mas não o banca, a consequência econômica é a elevação do preço dos ingressos para compensar a perda. Aparentemente, todos pagam mais, embora o não estudante pague ainda mais para financiar a generalização da suposta meia-entrada.

Agora, propõe-se uma cota de 40% para o ingresso com desconto, o que, em tese, permitiria uma redução de até 35% nos valores. Não há nenhuma garantia de que isso vá acontecer.

O instituto da meia-entrada data da década de 1940, quando a população estava na casa dos 50 milhões -- mais ou menos a quantidade de estudantes que existe hoje no país (cerca de 57 milhões). Naquela época, não havia TV, muito menos DVD, internet ou YouTube.

Com o tempo, a meia- entrada passou mais e mais a ser defendida como "conquista política" -agenciada por entidades, como a Une (União Nacional dos Estudantes), que usam a vantagem para angariar apoio e recursos.

É no mínimo discutível a eficácia distributiva do benefício. O termo estudante define uma coletividade, mas encobre a diversidade socioeconômica de seus indivíduos. Tem estudante rico, classe média e pobre, embora todos usufruam o mesmo privilégio.

É também claro que boa parte das atividades a que o estudante tem acesso subsidiado seria melhor definida como lazer ou diversão do que como cultura.

Que diferença faz, afinal, do ponto de vista do enriquecimento da formação estudantil, pagar menos para assistir a um show do Cake ao vivo ou ver de graça um clipe da banda na TV?

Em 06/05/2013, por Marcos Augusto Gonçalves, para o jornal Folha de São Paulo.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Maioria dos paulistanos erra ao defender a armadilha cognitiva da meia-entrada

Entre 91% e 96% dos paulistanos defendem a meia-entrada, segundo o Datafolha. Esta não é a primeira nem a última vez em que uma substancial maioria se põe de acordo em relação a um tema e ela está objetivamente errada.

Na verdade, o fenômeno é tão rotineiro que o economista ultraliberal e bem-humorado militante libertário Bryan Caplan escreveu um livro, "The Myth of the Rational Voter" (o mito do eleitor racional, em tradução livre), para mostrar que o problema das democracias é que elas dão aos cidadãos exatamente o que eles pedem -e o que eles pedem é muitas vezes algo que os prejudica.

Isso ocorre porque eleitores de Estados democráticos, como todos os seres humanos, vêm de fábrica com uma série de preferências e vieses que os impelem a escolhas ruins.

Nesse contexto, a meia-entrada desponta como uma armadilha cognitiva quase irresistível. Pelo que parece ser um custo irrisório, temos a chance de promover a cultura, investir na formação dos jovens e, de quebra, ainda prestar reconhecimento aos mais velhos. Tudo isso fazendo justiça social. Descrito dessa forma, fica mesmo difícil opor-se ao mecanismo.

Para os que não acreditamos em mágica, porém, a meia-entrada representa um subsídio cruzado de resultados particularmente duvidosos. No caso dos idosos, as tabelas do IBGE mostram que as pessoas com mais de 60 anos têm renda média superior às faixas mais jovens.

Isso significa que subsidiá-los implica concentrar renda e não distribuí-la como parecia ser o objetivo.
No que diz respeito aos estudantes, o quadro é mais confuso. O desconto aqui pode beneficiar tanto ricos quanto pobres.

Mas, como observou o economista César Mattos num belo artigo sobre a meia-entrada publicado no site do Instituto Braudel, os grupos de maior renda tendem a passar mais tempo nas escolas e universidades, extraindo assim uma fatia maior da prebenda. Robin Hood às avessas ataca mais uma vez.

O resultado líquido da meia, assim, se contabiliza na forma de muitas ilusões e uma importante distorção na política de preços.

Minha modesta sugestão para resolver o problema é estender o benefício para toda a população. Pagando todos a metade do dobro, conseguimos preservar, a um só tempo, as fantasias de bom-mocismo e a realidade tarifária.

Em 06/05/2013, por Hélio Schwartsman, para o jornal Folha de São Paulo.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Só 1/4 acha que ingresso será mais barato

Os ingressos de espetáculos em São Paulo são considerados caros ou muito caros por 68% dos paulistanos ouvidos pelo Datafolha. E só um quarto deles acredita que os preços dos bilhetes irão cair caso um dos projetos em lei atualmente no Congresso venha a ser aprovado.

Entre os entrevistados na pesquisa, 35% acreditam que as leis que limitam em 40% a meia-entrada nas bilheterias de eventos culturais e esportivos não trarão mudanças nos valores os ingressos.
Outros 34%, mais da metade deles hoje tem carteira de estudante, opinam que as entradas para essas atividades ficarão ainda mais caras.

Produtores culturais e empresários ouvidos em recentes reportagens da Folha sobre a meia-entrada declararam que o atual preço dos ingressos é inflacionado por conta do excesso de vendas com descontos.

O preço de um ingresso diário para o festival Rock in Rio, por exemplo, custava em 2001 o que seria equivalente hoje a R$ 92 (valores atuais), e sai por R$ 260 para a edição de 2013, Marcada para setembro. "Hoje se pratica 'um preço falso'", declarou o ator Odilon Wagner, presidente da Associação de Produtores Teatrais Independentes.

CULTURA DE SP EM NÚMEROS

"Se quero ter um tíquete médio de R$ 100 no meu bolso, cobro do consumidor R$ 200 porque sei que praticamente todos do público são estudantes", diz Leo Ganem, presidente da Geo Eventos.
Evaristo Martins de Azevedo, ex-presidente da comissão de Direito às Artes da OAB-SP, teme que, com essas novas regras, os consumidores fiquem reféns da suposta transparência de bilheteiros.

"O público pode ficar sem saber se o limite de meias-entradas foi realmente atingido. Além disso, não se pode restringir os direitos do idoso à meia-entrada e eu acho dificílimo que os preços caiam em razão desse limite."

Para alguns entrevistados, o alto índice de ingressos vendidos com desconto é incrementado pela falsificação de carteiras de estudantes.

Apenas 3% dos entrevistados pelo Datafolha disseram que já usaram um documento falsificado, com maior incidência entre aqueles que declaram ter ensino superior e renda familiar acima de 10 salários mínimos.

Quando a questão é "alguém com quem você convive ou tem amizade já usou carteira de estudante falsificada para pagar meia-entrada" a resposta positiva sobe para 15% dos entrevistados.

A falsificação do documento é considerada "moralmente errada" pela maioria absoluta (93%) dos entrevistados, sendo que 3% não consideram esta uma questão moral e outros 3% defendem que o ato é aceitável.

Em 06/05/2013, por Cassiano Elek Machado, para o jornal Folha de São Paulo.

terça-feira, 7 de maio de 2013

91% dos paulistanos são favoráveis à meia-entrada

A população paulistana aprova a meia-entrada para estudantes, mas está dividida com relação aos projetos de lei atualmente no Congresso que limitam o número de ingressos que pode ser vendido com o desconto.

Essas são duas das conclusões principais de pesquisa Datafolha realizada na última sexta na capital paulista.

Foram ouvidas 600 pessoas. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.

A expressiva maioria dos entrevistados defende a manutenção do benefício. Para 91% deles, os estudantes devem ter o direito de pagar meia em cinemas, teatros, shows e outras atividades.

A taxa de aprovação sobe para 96% quando o desconto diz respeito ao conjunto dos maiores de 60 anos.

O consenso sai de cena, no entanto, quando o assunto são as mudanças na legislação que regulamenta o benefício.

O Senado aprovou em abril o Estatuto da Juventude, que estabelece cota de pelo menos 40% de ingressos vendidos como meia-entrada. Hoje, toda a bilheteria de um evento pode ser comercializada com o desconto.

A limitação do número de meias-entradas agrada a 51% dos entrevistados, enquanto 40% se declaram contrários à restrição da meia-entrada.

O projeto, que ainda precisa ser aprovado na Câmara, atende a reivindicações de produtores culturais, que culpam o excesso de vendas de entradas com o desconto pela alta do preço geral dos ingressos de espetáculos.

Além do Estatuto da Juventude, outro projeto similar também tramita na Câmara -foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça.

O texto inclui as pessoas com mais de 60 anos, já beneficiadas com a meia-entrada, na cota de 40% de ingressos com desconto. Diferentemente do Estatuto da Juventude, o projeto estabelece exclusividade de emissão de carteiras a certas entidades estudantis.



Em 06/05/2013, no jornal Folha de São Paulo.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Um em cada 10 assinantes da TV paga faz pirataria de canal premium



Ao menos 10% dos cerca de 17 milhões de assinantes da TV paga no Brasil em todas as modalidades usa um aparelho "decoder" pirata com o objetivo de ter acesso a mais canais do que paga em seu pacote com a operadora.

A constatação é da ABTA (Associação Brasileira de TVs por Assinatura). A "pirataria" se faz por meio de equipamentos que são instalados na casa dos assinantes, em conexões legalizadas.

Em outras palavras: o assinante paga, por exemplo, o pacote mais básico de qualquer operadora. Em seguida, compra na rua ou na internet um aparelho "decoder" que consegue romper a proteção e o sinal que ele recebe em sua casa. Instalado o aparelho por um "técnico" enviado pelo vendedor e "voilà"!

Como mágica, o assinante passa a ter acesso a todo o cardápio da operadora, por mais premium que seja: dos caros canais esportivos Premiere ao pacote HBO; dos mais fechados canais pornôs até os que exibem lutas de UFC mediante pagamento. E tudo isso pelo valor da assinatura básica.

"Nós calculamos que operadoras e canais tenham hoje no Brasil por volta de R$ 100 milhões em prejuízo com essa prática", diz Antonio Salles Neto, 60, vice-coordenador de antipirataria da ABTA.
"Estamos muito atentos e preocupados com a curva de assinantes que adquirem esses aparelhos. Ela está crescendo de forma veloz."

PIRATARIA ASIÁTICA

A compra e a venda das caixas "decoder" são proibidas no Brasil desde 2012. Muitas são projetadas na Coreia do Sul e montadas na China.

Elas foram importadas durante muito tempo sob a chancela de serem "decoders" para antenas parabólicas. Mas os técnicos da ABTA descobriram um desvio de finalidade para os aparelhos.

Apesar da proibição, vários estabelecimentos e comerciantes que ficam na rua Santa Ifigênia, região central de São Paulo, vendem o equipamento sem muitas perguntas e ainda indicam um técnico para fazer a instalação.

Salles calcula que haja entre 1,6 milhão e 2 milhões de caixas em operação no país.

"Se a curva da pirataria continuar no ritmo atual, em cinco anos metade das assinaturas já fará uso dela."

O custo desses aparelhos "piratas" caem vertiginosamente. Uma caixa AZbox "topo de linha", vendida por até R$ 899 há um ano e meio, hoje é comercializada por R$ 299.

Para Salles, a pirataria não é estimulada pelos altos preços dos serviços e pelo atendimento ao cliente. "A indústria passou, sim, por um mau momento, mas ela agora está em um nível ascendente, e os preços também estão melhores", afirma.

COMO FUNCIONA A PIRATARIA

Opção A:

1- Usuário vai a um centro de comércio pirata ou na internet e adquire um decoder (caixa) ilegal; é preciso ter uma conexão de Internet no local de instalação;

2- O vendedor da caixa envia um funcionário que instala o aparelho, conectando-o à Internet e à fonte de sinal de TV por assinatura usando "portas" diferentes

3- Pela porta conectada à Internet, a rede pirata fornece, graças a seu software próprio, a chave de abertura ilegal da programação. Por meio da rede de uma das operadoras de TV, o usuário recebe o sinal ilegal de qualquer canal que não faça parte do seu pacote. O usuário recebe o sinal de TV paga, mas fica online com uma rede privada de dados ilegal

Opção B:

Usuários que não têm acesso à Internet podem "piratear" com a modalidade de caixa conectada aos satélites por duas antenas. A primeira antena é apontada ao satélite de serviços de TV por assinatura e uma segunda antena - menor e dedicada a dados - é conectada a um satélite.

Esse caminho é usado alternativamente para fornecer as chaves de acesso extraídas pela rede pirata. Essa ação, porém, é mais fácil de ser descoberta e combatida. Operadoras do mundo já conseguem tirá-las do ar.

Opção C:

A caixa pirata usada exclusivamente no caso de TV a acabo similar à anterior, só que em vez de se conectar à antena de satélite, conecta-se na rede de cabo. Muitos usuários, para disfarçar, mantêm o pagamento de um pacote mínimo com acesso à Internet.

Opção D:

A caixa que desbloqueia HD funciona de forma similar, apenas recebendo a chave correspondente ao serviço.

Informações importantes. Todo usuário de decoder (decodificador) ilegal está conectado a uma rede legal e isso o expõe à Justiça e corre o risco de ser indiciado por associação para produzir danos a alguém; trata-se de um crime.
 
Fonte: ABTA (Associação Brasileiras das TVs por Assinatura)

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Netflix perde licença de quase 2 mil filmes nos EUA


Empresa afirmou que qualidade é mais importante que quantidade
Foto: Paul Sakuma/AP

O Netflix, serviço de streaming de vídeo, cancelou contratos de exbição de 1.794 filmes nos EUA nesta quarta-feira. De acordo com o site “Mashable”, a empresa perdeu o direito de exibir diversos títulos detidos pela Warner Bros., MGM e Universal. Segundo a assessoria de imprensa da empresa no Brasil, a mudança não afeta o catálogo nacional. Em testes na redação do GLOBO, não foi possível acessar alguns filmes da franquia “007”, que estavam disponíveis na semana passada, por exemplo, e estariam entre as baixas do serviço nos EUA. A empresa afirmou que o problema não está relacionado à movimentação nos EUA e pode ser pontual, decorrente de alguma falha técnica.

Segundo o “Mashable”, a decisão dos estúdios em cancelar os contratos é estratégica. As empresas planejam lançar, no mercado americano, um serviço próprio de streaming chamado “Warner Archive Instant”, onde será possível ter acesso aos filmes antes disponíveis no Netflix. A previsão é que a assinatura seja de US$ 10 mensais. Não há informações sobre disponibilidade no Brasil.

A companhia, que não divulga o número exato de atrações — a lista costuma variar semanalmente — afirmou que a quantidade é menos importante que a qualidade dos títulos disponibilizados. Em entrevista ao “Mashable”, Joris Evers, diretor global de comunicações do Netflix afirmou que 500 títulos seriam adicionados nesta quarta-feira no catálogo americano.

— Somos seletivos sobre o que disponibilizamos. Sempre usamos nossas informações sobre o que nossos assinantes gostam de assistir para decidir o que estará no Netflix. Nossa meta é oferecer um mix que agrade nossos assinantes, em vez de tentar ser um distribuidor amplo — disse Evers.

Empresa planeja mais séries originais

Em entrevista ao site “Stuff” publicada nesta quarta-feira, o diretor de conteúdo da empresa, Ted Sarandos, admitiu que “pode levar anos” para que os catálogos internacionais sejam atualizados no mesmo ritmo que o dos EUA. O executivo ressaltou, no entanto, que todas as produções originais do Netflix, como “House of Cards”, estão em cartaz para assinantes de todos os 40 países que contam com o serviço.

Em relação aos planos futuros, Sarandos adiantou a possibilidade de reviver séries antigas, como “Buffy, a Caça-Vampiros”, e o investimento em mais títulos originais, como “Arrested Development”, assinada por Ron Howard, que estreia em 26 de maio, e "Orange is the new Black", prevista para julho.

O próximo passo poderia ser uma série baseada na saga de livros “A Torre Negra”, de Stephen King, que estaria sendo negociada com Howard.

— Conversei com Ron sobre isso. A última vez que falamos sobre isso, a coisa seria lançada pela HBO, mas o projeto não está mais lá. Depois que “Arrested Development” for lançado, vamos voltar a falar sobre o assunto — disse o diretor de conteúdo ao “Stuff”.

Segundo empresa, cancelamento dos contratos não afetou catálogo brasileiro

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/tecnologia/netflix-perde-licenca-de-quase-2-mil-filmes-nos-eua-8267311#ixzz2SA9ZlOws

terça-feira, 30 de abril de 2013

'Homem de Ferro 3' bate recorde de bilheteria em estreia mundial

No terceiro filme da trilogia, Tony Stark enfrenta seu maior desafio (Foto: Divulgação do Filme)
"Homem de Ferro 3", que estreou entre quarta e sexta-feira passada em 42 países, já arrecadou US$ 195,3 milhões de bilheteria, sem ainda ter sido lançado nos cinemas dos EUA, informou a produtora nesta segunda-feira (29).

Com isso, o filme estrelado por Robert Downey Jr. e Gwyneth Paltrow superou o recorde de outra bem-sucedida superprodução da Marvel, "Os Vingadores". No ano passado, o blockbuster obteve US$ 185,1 milhões em seu fim de semana de estreia internacional, informou a Disney, proprietário dos estúdios Marvel.

O filme, que ficou em primeiro lugar em todos os países onde foi lançado, arrecadou US$ 21,5 milhões na Grã-Bretanha; US$ 19,2 milhões na Coreia do Sul; US$ 18,4 milhões na Austrália; e US$ 16,1 milhões no México.

O primeiro "Homem de Ferro" (2008) acumulou US$ 585 milhões em bilheteria, e o segundo da franquia (2010) conseguiu US$ 625 milhões.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sequências de sucessos são aposta de Hollywood para a temporada

À esquerda, Ben Kingsley na pele de Mandarim, o terrorista de 'Homem de Ferro 3'; à direita, Robert Downey Jr. em cena como Tony Stark, identidade civil do protagonista (Foto: Divulgação/Disney)

Robert Downey Jr. torna a envergar o traje do Homem de Ferro, o capitão Kirk volta à ponte de comando da nave Entreprise e a turma de "Se beber, não case" se prepara para retornar.

Os cinemas dos Estados Unidos estarão cheios de caras familiares na próxima temporada de verão – 17 sequências têm estreia prevista entre 1º de maio e 2 de setembro. Esse período costuma responder por cerca de 40% do faturamento anual dos cinemas na América do Norte, e, depois de uma queda de 5% nas bilheterias em 2012, os estúdios estão pressionados a lançarem grandes sucessos. Para isso apostam em filmes que já têm sua base de fãs consolidada.

Sete dos dez filmes de maior arrecadação em 2012 eram sequências. Em 2011, foram nove. Neste ano, haverá "blockbuster atrás de blockbuster, semana após semana", disse à Reuters o analista de bilheterias cinematográficas Jeff Bock, da Exhibitor Relations Co's. "Como aviões chegando à pista de pouso de um aeroporto, um depois do outro."

Recorde
Se tudo correr bem, o verão do hemisférios norte de 2013 (inverno no Brasil) pode ser o de maior bilheteria doméstica na história, alcançando US$ 4,5 bilhões, segundo Bock. O recorde atual é de 2011, com US$ 4,4 bilhões, mas a cifra caiu para US$ 4,29 bilhões no ano passado.

"O verão para os estúdios é como o Natal para os varejistas", disse à Reuters Anthony Breznican, articulista da "Entertainment Weekly". "É quando os estúdios fazem a parte do leão das vendas do ano. É onde eles colocam suas maiores apostas e esperam obter maior retorno."

Só em maio há quatro sequências com lançamento previsto: "Homem de Ferro 3" (já em cartaz no Brasil), "Além da escuridão – Star Trek 3", "Se Beber, não case 3" e "Velozes e furiosos 6".

"São personagens ou franquias que as plateias adoram há muito tempo", disse o correspondente-chefe do Fandango, Dave Karger. "Os espectadores sabem o que os espera com esses filmes."

Além disso, filmes baseados em super-heróis, como "Homem de Aço" e "Wolverine", e continuações de franquias de ação, como "RED – Aposentados e perigosos" e "Kick-Ass – Quebrando tudo" parecem bem encaminhados – pelo menos no papel.

Mas até os super-heróis às vezes se dão mal. Embora "Superman, O retorno" (2006) tenha faturado US$ 200 milhões no mercado norte-americano, ele não foi "amado" pelos fãs, segundo Breznican, e foi em grande parte visto como um fiasco para a Warner Bros.

"Homem de Aço", aventura do Superman com lançamento previsto para junho, tem um elenco totalmente reformulado, como Henry Cavill no papel-título, e o cineasta Christopher Nolan – responsável pela ressurreição da franquia "Batman" – como produtor.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Prefeitura de SP quer copiar modelo do Rio de investir em filmes bons de bilheteria

Quando o assunto é cinema, a chamada "locomotiva da nação" empalidece diante do Rio de Janeiro. São Paulo hoje produz menos filmes e registra menos espectadores por sala do que o estado vizinho, que tem uma economia bem menos potente.

Para reverter esse quadro, a prefeitura paulistana quer aprovar na Câmara até o final deste ano projeto de lei que cria uma agência de fomento ao cinema.

"O Rio construiu uma política agressiva de fortalecimento da produção local. Queremos acelerar isso aqui, com uma agência não igual, mas inspirada no modelo da RioFilme", afirma a produtora Débora Ivanov, que participa da formulação do projeto.

O modelo da RioFilme, originalmente uma distribuidora, sofreu uma inflexão em 2009, quando passou a priorizar investimento em produções com potencial de grande bilheteria.

O resultado é o aumento exponencial do lucro da empresa municipal carioca, que só neste ano soma receita de R$ 5 milhões oriunda da bilheteria dos filmes em que apostou.



Em 26/04/2013, na Folha de São Paulo.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Apesar das críticas, Oscar repetirá produtores na cerimônia de 2014

Em foto de 15 de novembro de 2007, os produtores Craig Zadan, à esquerda, e Neil Meron participam do Santa Barbara International Film Festival's Kirk Douglas Award; a dupla conduziu o Oscar 2013 e está escalada para  cerimônia de 2014 (Foto: Michael A. Marian/AP)

Os organizadores do Oscar convocaram Craig Zadan e Neil Meron para produzirem a cerimônia pelo segundo ano consecutivo, apesar das duras críticas à edição de fevereiro.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas confirmou nesta terça-feira (16) o convite, mas não anunciou se o comediante Seth MacFarlane será novamente o apresentador da festa televisiva.

"Craig e Neil têm o apoio dos dirigentes da Academia para produzir o Oscar novamente em 2014", disse em nota o presidente da entidade, Hawk Koch.

"A fim de estabelecer uma continuidade para o espetáculo enormemente bem sucedido deste ano, sentimos que seria importante dar a esses profissionais consumados o sinal verde agora para começarem a criar outra grande noite."

Zadan e Meron, que realizaram em fevereiro uma cerimônia com muitos números musicais e de dança, se disseram honrados com o convite.

O Oscar deste ano registrou a maior audiência de TV em três anos, com cerca de 40,3 milhões de telespectadores nos EUA. Mas MacFarlane recebeu críticas variadas por seu mix ousado de piadas machistas e sobre judeus. Muitos críticos de TV não gostaram da cerimônia repleta de canções e números de dança e apresentações de cantores como Barbra Streisand e Adele.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Próxima cerimônia do Globo de Ouro é marcada para 12 de janeiro de 2014

A 71ª cerimônia de entrega do Globo de Ouro será realizada no dia 12 de janeiro de 2014, anunciaram nesta quinta-feira (18) os organizadores do prêmio. As indicações serão anunciadas em 12 de dezembro de 2013.

A cerimônia será organizada com um jantar no Beverly Hilton, em Beverly Hills (oeste de Los Angeles), indicou a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood em um comunicado.

Os Globos de Ouro serão entregues alguns dias antes do anúncio das indicações para o Oscar, marcado para o dia 16 de janeiro de 2014. A entrega dos prêmios Oscar, que encerra a temporada de prêmios hollywoodianos, será realizada em 2 de março, um pouco depois que o de costume, devido aos Jogos Olímpicos de Inverno.

Em 2013, tanto o Globo de Ouro como o Oscar premiaram o filme "Argo", de Ben Affleck.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Veterana atriz Kim Novak é convidada de honra no Festival de Cannes

Kim Novak em cena de 'Um corpo que cai' (1958), de Alfred Hitchcock (Foto: Divulgação)

A atriz americana Kim Novak será convidada de honra da 66ª edição do Festival de Cinema de Cannes, durante a qual será exibida uma cópia restaurada do clássico "Um corpo de cai" (1958), de Alfred Hitchcock.

A atriz de 80 anos também participará na cerimônia de encerramento do festival – que vai de 15 a 26 de maio – quando entregará um dos prêmios principais.

Sobre seu papel no clássico de Hitchcock, Kim Novak comentou na ocasião: "O interessante é que o roteiro me remeteu ao que eu vivia na época; era a história de uma mulher que é forçada a ser alguém que ela não é".

Afastada das telas e agora dedicada à pintura, Novak participou de filmes como "Sortilégio de amor", "Meus dois carinhos", "Beija-me, idiota" e "Aconteceu num apartamento".

Competição
Filmes dos irmãos Ethan e Joel Coen (EUA), Steven Soderbergh (EUA), Nicolas Winding Refn (Dinamarca) e Paolo Sorrentino (Itália) estão entre os 19 que disputarão a Palma de Ouro do Festival de Cannes.

Inspirada na figura do extravagante pianista Liberace e interpretado por Michael Douglas e Matt Damon, "Behind the candelabra" de Sodergergh (Oscar de Melhor Diretor em 2001 com "Traffic" e Palma de Ouro em 1989 com "Sexo, mentiras e videotape") está entre os escolhidos. Também integram a lista "La grande belleza" de Sorrentino e "Only Gods forgive" de Refn.

Outro destaque é o novo filme dos irmãos Coen, "Inside Llewyn Davis", protagonizado por Oscar Isaac, Carey Mulligan e Justin Timberlake, que narra a história de um compositor folk nos anos 60 em Nova York. O representante latino-americano é "Heli", terceiro longa-metragem do mexicano Amat Escalante.

O primeiro filme americano do francês Guillaume Canet "Blood ties", com Clive Owen, Billy Crudup e Marion Cotillard, que mostra a rivalidade de dois irmãos, um policial e um criminoso, também está na mostra, mas fora de competição, assim como "All is lost", do americano JC Chandor, no qual Robert Redford interpreta um homem que deve sobreviver depois de cair no mar.

"O grande Gatsby" do australiano Baz Luhrmann, com Leonardo DiCaprio, abrirá o festival em 15 de maio. "Zulu", do francês Jérôme Salle, com Forest Whitaker e Orlando Bloom, encerrará o evento em 26 de maio.

O cineasta americano Steven Spielberg será o presidente do júri internacional do festival. O diretor artístico do festival, Thierry Frémaux, comandou o comitê de seleção que escolheu entre 1.859 longas-metragens de todo o mundo.

Veja a lista dos dezenove filmes selecionados para disputar a Palma de Ouro no 66º Festival de Cannes:

- "Un château en Italie", Valeria Bruni-Tedeschi
- "Inside Llewyn Davis", Joel e Ethan Coen
- "Michael Kohlhaas", Arnaud Despallières
- "Jimmy P. (Psychotherapy of a Plains Indian)", Arnaud Desplechin
- "Heli", Amat Escalante
- "Le passé", Asghar Farhadi
- "The immigrant", James Gray
- "Grisgris", Mahamat-Saleh Haroun
- "Tian Zhu Ding" ("A touch of sin"), Jia Zhangke
- "Soshite Chichi Ni Naru" ("Like father, like son"), Kore-Eda Hirokazu
- "La vie d'Adèle", Abdellatif Kechiche
- "Wara No Tate" ("Shield of straw"), Takashi Miike
- "Jeune et jolie", François Ozon
- "Nebraska", Alexander Payne
- "La Vénus à la fourrure", Roman Polanski
- "Behind the Candelabra", Steven Soderbergh
- "La grande bellezza", de Paolo Sorrentino
- "Borgman", Alex Van Warmerdam
- "Only God forgives", Nicolas Winding Refn

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Profissão perigosa! Confira dez atores que se machucaram nos sets de filmagem

 
Explosões, tiros e perseguições em alta velocidade são cenas de filmes que representam perigos óbvios para os atores. Mas não é sempre em uma situação como essas que eles se machucam. Às vezes, uma cena romântica e uma pisada em falso podem ser mais danosas que a mais perigosa sequência de ação. Selecionamos dez atores que sofreram acidentes no trabalho e tiveram que, literalmente, dar o sangue por seus personagens:
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Halle Berry no set de “Gothika
Ferimento: Braço quebrado
Durante as filmagens do thriller de 2003, Gothika, Halle Berry teve seu braço quebrado pelo colega Robert Downey Jr. em uma cena em que ele precisava contê-la fisicamente. Rumores de que ela ficou chateada com o ator pela falta de cuidado circularam na época, mas foram desmentidos. As filmagens foram suspensas por 8 semanas para que o braço da atriz pudesse sarar.
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Joseph Gordon-Levitt no set de “Perigo por Encomenda
Ferimento: Corte no braço
Para quem já esteve em grandes filmes de ação, cheios de explosões e cenas de luta, como A Origem e Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, interpretar um ciclista entregador de mensagens deveria ser fácil e seguro. Mas nas filmagens de Perigo por Encomenda (2012), Joseph Gordon-Levitt se machucou de verdade e teve que tomar 31 pontos após colidir com a traseira de um táxi. O acidente aconteceu, pois um carro invadiu a área reservada para as filmagens e, ao desviar dele, Levitt teve que entrar em uma pista comum e bateu no táxi. “Meu primeiro verdadeiro naufrágio de hoje”, disse o ator em seu blog, logo após o acidente. “Pego pela janela traseira de um táxi. Por sorte consegui me proteger com os braços. Poderia ter sido muito pior. Mas a culpa foi minha, eu estava indo rápido demais”. Levitt pediu que o diretor aproveitasse o sangramento e fizesse uma cena que acabou entrando no filme.
 

Jackie Chan no set de “Arrebentando em Nova York
Ferimento: Pé quebrado
Jackie Chan pode ser um mestre das artes marciais, mas nem ele consegue ser sempre perfeito em suas acrobacias. Os créditos finais da ação Arrebantando em Nova York, de 1995, estão cheios de façanhas que não deram certo, mas foram gravadas. Uma delas mostra Chan pulando de uma ponte em uma balsa em movimento sem qualquer tipo de material de proteção. Após aterrissar, ele imediatamente leva a mão a um dos pés. O que se descobriu depois é que o membro havia quebrado por causa do choque. Ele teve que terminar as filmagens com uma tala disfarçada por baixo da calça jeans e, ao invés de calçados, usava uma meia pintada como tênis.
 
George Clooney no set de “Syriana – A Indústria do Petróleo
Ferimento: Grave dano na coluna vertebral
Durante uma cena de tortura do drama Syriana – A Indústria do Petróleo de 2005, Clooney machucou as costas. Ao visitar o médico, o ator descobriu que o ferimento era mais grave do que pensava e que fluido estava vazando de sua medula espinhal. A dor era tão intensa que, em entrevista a Rolling Stones americana, Clooney afirmou que pensou em cometer suicídio. Felizmente, depois de uma cirurgia nas costas, Clooney melhorou drasticamente e pode ir a cerimônia do Oscar, em que venceu por seu papel de coadjuvante no filme. Mas até hoje ele afirma que sente de vez em quando dores por causa do machucado.
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Channing Tatum no set de “A Legião Perdida
Ferimento: Queimadura nas partes íntimas
De todos os ferimentos dessa lista, esse ganha como o mais inusitado. Durante uma pausa nas gravações de A Legiões Perdida, 2011, a equipe estava se aquecendo misturando a água gelada de um rio próximo com água fervida e jogando o líquido dentro dos trajes. Quando chegou a vez de Tatum, esqueceram de adicionar a água fria e ele teve que lidar com o líquido escaldante queimando seu corpo. O ator foi levado para o hospital com uma queimadura severa no pênis e teve que tomar morfina. Felizmente, para alegria do galã, tudo sarou perfeitamente.
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Robert Downey Jr. no set de “Homem de Ferro 3
Ferimento: Torção no tornozelo
Nem sempre é fácil ser o Homem de Ferro. Durante as filmagens do novo filme da franquia, que será lançado em 26 de abril deste ano, Downey Jr. machucou o tornozelo enquanto realizava uma acrobacia. As gravações foram suspensas até que o ator se recuperasse completamente. Mesmo assim, isso não afetou negativamente o clima do set. “Eu sou a melhor pessoa (para se trabalhar)… se eu estiver de bom humor. E estive de muito bom humor durante toda a filmagem”, afirmou Robert para imprensa durante a turnê de divulgação do longa.
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Sylvester Stallone no set de “Os Mercenários
Ferimento: Lesão em vértebra na altura do pescoço
Não só os personagens se machucaram para valer em Os Mercenários, 2010. Durante as gravações, Stallone sofreu cortes nas mãos e na orelha, mas o caso mais grave aconteceu em uma cena de luta com o lutador profissional Steve Austin, conhecido como “Pedra Fria”. Austin exagerou um pouquinho na força e Stallone teve que ser levado ao hospital, onde descobriram que o impacto tinha feito com que uma vértebra comprimisse sua medula espinhal. Mas imaginem se o fortão ia se deixar abater por uma coisa “boba” como essa… Ele continuou gravando mesmo machucado, e só fez a cirurgia depois que o filme foi concluído.
 
Brad Pitt no set de “Tróia
Ferimento: Rompeu o tendão de Aquiles
Brad Pitt e seu personagem Aquiles no filme Tróia, 2004, tinham mais em comum do que o corpo escultural de deus grego. Ambos encontraram sua fraqueza em uma parte inesperada do corpo. Em uma cena, Pitt pula, mata um gigante troiano e depois aterrissa. Por causa do impacto, rompeu o tendão nomeado em homenagem ao seu personagem, o tendão de Aquiles. O próprio Brad Pitt brincou sobre como o incidente parecia uma piada pronta de péssima qualidade.
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Bruce Willis no set de “Duro de Matar
Ferimento: Perda parcial da audição do ouvido esquerda
As medidas de segurança tomadas durante a filmagem de Duro de Matar (1988) para proteger os atores contra as explosões e o calor foram eficientes, mas os produtores esqueceram de um pequeno detalhe. O som também pode ser perigoso. Durante uma cena. Bruce Willis teve que atirar com uma arma extremamente barulhenta debaixo de uma mesa. A ausência de fones protetores e o barulho extremamente alto provocaram um dano parcial permanente de audição no ouvido esquerdo do ator.
 

Hilary Swank no set de “P.S. Eu Te Amo
Ferimento: Corte na testa
Até em uma cena bonitinha de um drama romântico pode haver perigos escondidos. Na sequência em que o personagem de Gerard Butler faz um strip tease para a namorada, o suspensório que o ator estava usando se soltou da calça e a parte metálica atingiu a testa de sua parceira de cena, Hilary Swank. A atriz precisou levar alguns pontos e as filmagens foram interrompidas até que ela se recuperasse.