segunda-feira, 2 de julho de 2012

Blade Runner completa 30 anos. Conheça um pouco do clássico

No dia 25 de junho foi dia de comemorar o aniversário de 30 anos de Blade Runner - O Caçador de Androides, um fracasso comercial que faturou apenas US$ 32,8 milhões nos Estados Unidos, mas que se tornou um dos filmes mais cultuados de todos os tempos.

Baseado no conto de Philip K. Dick, Do Androids Dream of Electric Sheep?, a história é ambientada na Los Angeles do início do século 21, quando a metrópole tornou-se uma cidade sinistra, repleta de arranha-céus decadentes, corroídos por uma incessante chuva ácida e assolada pela superpopulação.

Neste cenário cyberpunk, vive o detetive Deckard Cain, interpretado por Harrison Ford, que precisa realizar um último trabalho: aposentar (destruir) quatro androides desertores que fugiram após uma rebelião. O problema é que eles são do modelo Nexus 6, o mais avançado tipo de replicante já construído, dotados de grande inteligência, agilidade e força física.

O filme é dirigido por Ridley Scott e já tocava em pontos que ele retomaria em seu filme mais recente de ficção, Prometheus. A busca dos replicantes pelo seu criador para tentar conseguir mais tempo de vida pode ser comparada com a procura pela origem da vida e pelos criadores da humanidade em Prometheus. É possível até mesmo fazer um paralelo da luta do criador para exterminar a criatura em ambos os filmes. Questões que perseguem o diretor, talvez?

Os visual futurista-retrô é um dos aspectos mais marcantes de Blade Runner. O longa foi inspirado nos filmes noir da década de 50, o que lhe rendeu duas indicações ao Oscar: Melhor Direção de Arte e Efeitos Visuais. Seu estilo serviu como inspiração para muitas outras obras, como Johnny Mnemonic e Robocop.

Do Androids Dream of Electric Sheep?

Autor do livro que deu origem ao filme, Philip Kindred Dick nasceu em 16 de dezembro de 1928, em Chicago, Illinois, e morreu em 2 de março de 1982, vítima de problemas no coração. Ele escreveu 36 romances e mais de cem contos, alguns deles obras-primas, como O Homem do Castelo Alto, que mostra o que aconteceria se os aliados fossem derrotados na Segunda Guerra Mundial.

Apesar de Philip K. Dick ter visto apenas os 20 minutos inicias do longa-metragem antes de sua morte, ele ficou extremamente impressionado e, segundo Paul Sammon, teria dito: "Era o meu próprio mundo. Capturaram-no perfeitamente". No entanto, nem Ridley Scott nem o roteirista David Webb Peoples leram o romance completo.

As obras de Dick já foram levadas mais de uma vez para o cinema, como em Screamers - Assassinos Cibernéticos, um filme B com Peter Weller (Robocop) e O Vingador do Futuro, com Schwarzenegger. Tanto os textos de Dick quanto Blade Runner influenciaram o cinema, em O Show de Truman - a cidade é baseada no conto Time out of Joint - e Matrix.

Blade Runner é um dos filmes mais influentes já feitos e agora, 30 anos depois, uma continuação está sendo programada pelo próprio Ridley Scott. É verdade que ela não deve trazer Deckard de volta, mas continuará a trama na Los Angeles futurista e decadente do século 21.

Por Daniel Reininger, no link http://www.cineclick.com.br/noticia/carregar/titulo/blade-runner-completa-30-anos-conheca-um-pouco-do-classico/id/34323 em 25/06/2012.

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