segunda-feira, 11 de junho de 2012

E.T. - O Extraterrestre faz 30 anos da estreia nos Estados Unidos


Onze de junho, 1982. Quem não se lembra de um monstrinho meio feioso, com olhos expressivos e ingênuos que veio à Terra ensinar o verdadeiro significado da amizade e conquistar fãs em todo o mundo? Longe dos anti-heróis atuais, E.T. - O Extraterrestre firmou-se como um dos clássicos do cinema e consolidou de vez Steven Spielberg como o mago dos efeitos especiais, ao lado de George Lucas.

Com 30 anos de sucesso, o filme arrecadou mais de US$ 792,9 milhões no mundo, sendo a 35ª bilheteria da história do cinema (se contarmos a inflação, o longa ocupa a quarta posição, com US$ 1,74 bilhão, à frente da superprodução Titanic, de James Cameron).

Segundo Spielberg, E.T. é seu filme mais pessoal e, quando foi relançado nos cinemas em 2002, quis proporcionar ao público da época a chance de reviver as emoções, além de conquistar uma nova legião de fãs. Com roteiro de Melissa Mathison, foi o primeiro filme do diretor produzido por Kathleen Kennedy (responsável por outros títulos do cineasta, como A.I. - Inteligência Artificial).

A história da amizade entre um extraterrestre e o menino Elliot (Henry Thomas, de Espírito Selvagem) emocionou plateias do mundo todo, arrecadando cerca de US$ 250 milhões no primeiro ano de sua exibição. Em 1983, E.T. recebeu quatro Oscars - Trilha Sonora, Efeitos Especiais, Efeitos Sonoros e Som, tendo sido indicado em outras cinco categorias (Filme, Diretor, Roteiro Original, Fotografia e Edição). Levou também dois Globos de Ouro (Filme - Drama e Trilha Sonora), o Grammy de Trilha Sonora Composta Para um Filme e um People's Choice Award, que o reconheceu como um dos clássicos do cinema.

Influenciado pelos acontecimentos de 11 de setembro de 2001, nos EUA, Steven Spielberg preparou uma nova versão um filme politicamente correto. Para descontentamento de alguns fãs que não aprovaram a ideia, o cineasta limou um palavrão dito pelo pequeno Elliot a seu irmão mais velho Michael e substituiu as armas que aparecem com os agentes federais por walkie-talkies, durante a perseguição ao alienígena - a brincadeira custou US$ 100 mil. Em Hollywood, o boato que corre é que o diretor teria feito as mudanças para agradar Drew Barrymore (As Panteras), a menininha Gertie do filme, que seria contra todo tipo de armas.

Também foram acrescentados 60 novos efeitos especiais, como a aterrissagem da nave, dez minutos de cenas não incluídas na versão original, como a do E.T. tomando banho e o prolongamento da sequência do Halloween, além da remasterização da trilha sonora de John Williams, melhorias cenográficas e artísticas por meio de computador - a cena do banho havia sido cortada por Spielberg por não ter ficado boa, uma vez que a equipe havia utilizado um boneco de borracha.

Leia algumas curiosidades da produção:

- O rosto de E.T. foi modelado a partir das faces do poeta Carl Sandburg, do cientista Albert Einstein e de um cachorro da raça pug.
- Pat Welsh e Debra Winger são as responsáveis pela voz do extraterrestre.
- Durante os testes para a escolha do protagonista Elliot, Henry Thomas imaginou que seu cachorro havia morrido para demonstrar a tristeza de seu personagem. Steven Spielberg gostou tanto que chorou no teste do menino e acabou o escolhendo para o elenco.
- Durante as filmagens, o ator Harrison Ford fez uma pequena ponta como o diretor da escola de Elliot. Mas, na edição final do filme, Spielberg decidiu por cortar todas as cenas em que ele aparecia por achar que sua aparição distrairia o público da história principal. A ex-esposa de Ford, Melissa Mathison, escreveu o roteiro de E.T..
- Na cena de Halloween, pode-se ver uma criança vestida como Yoda, personagem da série Star Wars, que tinha aparecido pela primeira vez em O Império Contra-ataca (1980).
- O comunicador utilizado por E.T. no filme realmente funciona e foi construído por Henry Feinberg, um especialista em ciência e tecnologia.
- Duas das crianças do filme, Erika Eleniak e Drew Barrymore, muitos anos depois, chegaram a posar nuas para a revista Playboy americana.
- Na Casa Branca, Steven Spielberg exibiu pessoalmente o filme para o então casal presidencial Ronald e Nancy Reagan.
- O cantor Michael Jackson gravou a música-tema de E.T. Someone in the Dark, que nunca chegou a ser usada.
- A cena que E.T. e o menino Elliot voam de bicicleta diante da Lua se tornou marca registrada da Amblin Entertainment.

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