terça-feira, 3 de abril de 2012

Millenium - Os homens que não amavam as mulheres



Millenium - Os homens que não amavam as mulheres é uma adaptação do primeiro volume da trilogia de livros de mesmo nome. Não tive a oportunidade de lê-los, e tenho certeza que o material escrito é muito mais rico que o filme, por isso, me limitarei a escrever apenas a respeito do filme. Pra ser sincero, a construção do filme é muito agradável. O roteiro é muito inteligente, personagens fortes, uma história forte e que provoca uma reflexão positiva.

Em alguns momentos, o filme lembra O Escritor Fantasma, por causa do mistério e do lado investigativo que envolve um jornalista. Mas as semelhanças param por aí. Millenium é um drama mais pesado, mais forte, que exige mais de seu espectador. No entanto, alguns elementos que surgem ao longo da trama ficam no ar. Ficam sem resposta. Ou pior, se tornam desnecessários para o andamento do filme. Pra falar a verdade, alguém com tanto dinheiro, como é o caso de um dos personagens, dificilmente optaria por contratar um jornalista para investigar algo importante para ele, ao invés de tentar algum especialista, talvez um ex-agente do FBI ou CIA.

Mesmo assim, o filme não deixa a desejar. Em nenhum momento pode ser chamado de previsível. É envolvente e consegue entreter de maneira muito boa seu espectador. Tem em sua fotografia o aspecto europeu mais destacado. Se confunde um pouco com as belas produções inglesas por causa das escolhas de cena. É um jeito interessante de apresentar a história. Exceto por algumas partes a mais, que prolongam e deixam o filme um pouco cansativo, tudo funciona muito bem.

O elenco, encabeçado por Daniel Craig, surpreende. Craig dá o tom da trama e é parte fundamental do elemento inteligência ao longo da produção. Mas o maior destaque é, sem dúvida nenhuma a atriz Rooney Mara. Ela é determinante no desenrolar do filme. Ela rouba a cena e consegue se transformar no centro da produção, com uma atuação convincente, forte, e extremamente racional.

No filme, Mikael Blomkvist (Daniel Craig) é um jornalista econômico determinado a restaurar sua honra, depois de ser condenado na justiça por difamação. Contratado por um dos industriais mais ricos da Suécia, Henrik Vanger (Christopher Plummer), para investigar o desaparecimento de sua sobrinha Harriet (Moa Garpendal), há 36 anos, ele se muda para uma ilha remota na costa gelada da Suécia sem saber o que o aguarda. Ao mesmo tempo, Lisbeth Salander (Rooney Mara), hacker da Milton Security, é contratada para levantar a ficha e os antecedentes de Blomkvist, missão que será o ponto de partida para que ela se una a Mikael na investigação de quem matou Harriet.

Uma produção forte. Um drama pesado, mas inteligente. Com um agradável ar de investigação e mistério. Elenco bastante equilibrado. E uma fotografia bem destacada. Uma excelente pedida para quem gosta de detalhes e uma história que provoca, que parece fazer com que o espectador faça parte da solução ou da procura por ela. Bastante diferente do que é normalmente encontrado em outros filmes. Excelente para a sessão de vídeo na noite de sexta ou sábado.

FICHA TÉCNICA
Diretor: David Fincher
Elenco: Daniel Craig, Rooney Mara, Christopher Plummer, Stellan Skarsgård, Robin Wright, Goran Visnjic, Embeth Davidtz, Joely Richardson, Joel Kinnaman, Elodie Yung, Julian Sands
Produção: Ceán Chaffin, Scott Rudin, Søren Stærmose, Ole Søndberg
Roteiro: Steven Zaillian, baseado na obra de Stieg Larsson
Fotografia: Jeff Cronenweth
Trilha Sonora: Trent Reznor, Atticus Ross
Duração: 158 min.
Ano: 2011
País: EUA/ Suécia/ Reino Unido/ Alemanha
Gênero: Suspense
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Film Rites / Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) / Scott Rudin Productions / Columbia Pictures / Yellow Bird Films
Classificação: 16 anos

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