segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Speed Racer



Esse filme estava passando esse final de semana na TV, e lembrei de quando fui vê-lo no cinema. Filas intermináveis, marmanjos fãs da série original do desenho dos anos 1960, e aquela criançada, meio que empurrada pelos pais, para assistir o filme que representava um desenho que, com certeza, marcou a infância de muitos. Na porta do cinema havia uma réplica bonita do Mach 5 e, claro, muita gente posando ao lado do veículo dos "sonhos".

Mas os comportamentos durante o filme me chamaram a atenção. Tirando uma dupla que comentava com detalhes cada passagem, comparando ao desenho original, a criançada parecia pouco interessada, e os marmanjos não pareciam muito encantados com o resultado do filme. E, exceto pelo momento de lançamento, o filme caiu em um limbo esquisito, sendo esquecido, ou nem mesmo comentado pelos especialistas da área.

A verdade é uma só. Apesar de o filme ter um apelo visual fantástico, e até representar com certa maestria o desenho animado, a aparência poluída e muito ligada ao de gráficos de video games perturbou muitos espectadores. Com isso, muitos criticaram alguns exageros e, principalmente, o excesso de cores do filme.

Mesmo com um elenco com nomes como Emile Hirsch, Susan Sarandon, Christina Ricci, Matthew Fox, e John Goodman, os personagens não tem o apelo necessário para haver uma conexão com o espectador. É o típico caso de produções que sem os efeitos não conseguem se segurar apenas com as atuações de seu elenco.

E na parte de efeitos o filme usa e abusa. Com sucesso, arrisco dizer. Muitas cenas, mesmo que pareçam absurdas, reproduzem a maluquice que acontecia nos desenhos. Muita fragmentação, trocas incessantes de cenas e tomadas, tudo para adicionar ainda mais cor e velocidade à produção.

No filme, Speed Racer (Emile Hirsch) tenta honrar a memória do irmão Rex (Scott Porter), morto na pista de corrida. Quando Speed recusa uma oferta milionária da Royalton Industries para ser seu piloto, ele não só enfurece o dono da companhia como descobre um segredo: algumas das maiores corridas do circuito estão sendo arranjadas. O único jeito de Speed salvar o negócio de sua família é se unir ao rival Corredor X (Matthew Fox) e vencer The Crucible, rali que atravessa o país e desafia a morte.

Um filme saudosista, mas para poucos. Particularmente, sou daqueles que não se empolgaram com o resultado final da produção. O filme é cansativo e confuso. Um show de efeitos e cores, mas sem muita força. Personagens sem apelo e, por fim, um roteiro fraco e previsível. Se você curtiu a série e gosta de filmes sem muito sentido, é pedida certa. Caso contrário, pode passar bem longe.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Andy Wachowski, Larry Wachowski
Elenco: Emile Hirsch, Susan Sarandon, Christina Ricci, Matthew Fox, Scott Porter, John Goodman, Richard Roundtree, Benno Fürmann, Hiroyuki Sanada, Christian Oliver, Cosma Shiva Hagen, Paulie Litt.
Produção: Larry Wachowski, Andy Wachowski, Grant Hill, Joel Silver
Roteiro: Tatsuo Yoshida, Christian Gudegast
Fotografia: David Tattersall
Duração: 132 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Silver Pictures
Classificação: 10 anos

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