quarta-feira, 8 de junho de 2011

Contatos Imediatos do Terceiro Grau





Antes que eu avalie esse clássico do cinema pelo aspecto tosco que ele tem na atualidade, é importante lembrar que se trata de um filme de 1977. Uma época em que pensar em invasões extraterrestres era, sem dúvida nenhuma, algo fora do comum.


Agora, imagine colocar isso em um filme. Foi isso mesmo o que Steven Spielberg, aquele maluco, fez. E de uma maneira fantástica, diga-se de passagem.


Assim como em o Tubarão, Spielberg brinca com os elementos do cinema em Contatos Imediatos do Terceiro Grau. Existe uma sinergia poderosa entre áudio e vídeo, acompanhada de atuações muito convincentes de seu elenco.


O resultado, é uma produção que prende a atenção do espectador, dando mais partículas de uma história, do que fatos em si. O que quero dizer com isso, é que com uma mudança na música, o filme é capaz de alterar o comportamento do seu espectador sem, de fato, apresentar elementos visuais. Isso acontece muito em Tubarão, quando a música anuncia que algo acontecerá, sem que exista a imagem do animal.


Em contatos imediatos, ocorre uma grande combinação entre luzes e sons, que por fim justificam a preocupação de grande parte da sociedade da época (no filme). Existem outras vidas além da nossa no universo.


No filme, Roy Neary (Richard Dreyfuss) é um eletricista que, durante um atendimento de emergência em uma rodovia, faz contato com objetos voadores não identificados. Por ter ficado algum tempo em exposição às fortes luzes das naves, ele fica com manchas de queimadura no rosto. Assustado e preocupado com as visões que passa a ter, Roy conta para algumas pessoas o que lhe aconteceu, mas ninguém acredita. Pondo em jogo tudo o que construiu em sua vida, ele parte em busca da verdade e de uma explicação para tudo. Nessa busca ele conhece pessoas que sofreram o mesmo contato e que estão se encontrando para a chegada de uma grande nave. Ele descobre também que o governo americano está envolvido no projeto.Uma mistura maravilhosa de efeitos especiais e dramas pessoais diante da possibilidade do desconhecido. Mais uma obra prima de Spielberg.


Trazendo para a atualidade, fica difícil comparar com outros filmes com melhor qualidade gráfica e de efeitos, porém, para quase 35 anos atrás, o filme é uma verdadeira aula de cinema. Um elenco que vende bem a história, com uma direção e uma narrativa que mesclam muito bem áudio e vídeo, provocando o seu espectador.


Um filme bastante diferente para os padrões atuais, mas que vale a pena ser assistido por todo o conjunto de elementos que oferece. Uma história tão absurda para a época, que deu ainda mais destaque para seu diretor. Não só por isso, mas por permitir que o espectador sonhasse com sua proposta. Não espere um filme surpreendentemente maravilhoso, mas que vende bem sua misteriosa trama e que surpreende a cada mudança de cena. Imperdível para quem gosta de cinema, ou para quem curte um filme bastante diferente.


FICHA TÉCNICA
Diretor: Steven Spielberg
Elenco: Richard Dreyfuss, François Truffaut, Teri Garr, Melinda Dillon, Cary Guffey.
Produção: Jim Bloom, Julia Phillips, Michael Phillips
Roteiro: Steven Spielberg
Fotografia: John A. Alonzo, William A. Fraker, Don Jarel, Laszlo Kovacs, Dennis Muren, Dave Stewart.
Trilha Sonora: John Williams
Duração: 135 min.
Ano: 1977
País: EUA
Gênero: Ficção Científica
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Columbia


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