segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Esse francesinho era demais...


Esse é um daqueles casos de filmes clássicos e deliciosos. Não é uma produção muito comum, e o estilo de humor europeu não pode ser comparado às produções norte americanas da época. Também não acredito que seja possível algo parecido nos dias de hoje, talvez nos momentos mais egocêntricos de Jim Carrey, mas sem os trejeitos forçados de seu protagonista.


As Aventuras de Rabbi Jacob é um filme diferenciado, principalmente por causa do seu ator, o francês Louis de Funès, um mestre do humor da sua época. Confesso que depois de ter assistido esse longa fui obrigado a garimpar mais algumas pérolas desse ator e, como não poderia ser diferente, a qualidade do seu humor é mantida em outras obras (vejam também O Gendarme, e O Gendarme em St. Tropez).

Embora exista toda uma preocupação com a caracterização das locações, o forte do filme é o seu elenco, que garante muitas doses de boas risadas, em momentos que algumas vezes não esperamos ser possível fazer graça. Mesmo assim, o filme mescla a boa fotografia com uma narrativa envolvente.

No filme, Victor Pivert (Louis de Funès) é um homem que não tem nada contra imigrantes, desde que negros, judeus e árabes não se aproximem dele. Durante a viagem para o casamento da filha, ele se mete em diversas aventuras que o fazem mudar seus preconceitos. Para sair das confusões Victor precisa se passar por rabino, sendo até mesmo confundido com um negro quando o escapamento de seu carro estoura em seu rosto e o deixa coberto de fuligem.

Uma excelente pedida para quem curte um filme das antigas. Boas doses de humor, um elenco bastante coeso, além da boa história que retrata deliciosamente os anos 70. Se você busca uma comédia animada e diferente, esse é o seu filme. Vale a locação e muitos repetecos.

Ficha Técnica
título original:Les Aventures de Rabbi Jacob
gênero:Comédia
duração:1 hr 40 min
ano de lançamento: 1973
estúdio: Les Films Pomereu / Horse Film
distribuidora: 20th Century Fox Film Corp.
direção: Gérard Oury
roteiro: Josy Eisenberg, Gérard Oury e Daniéle Thompson
produção: Bertrand Javal
música: Vladimir Cosma
fotografia: Henri Decaë
edição: Albert Jurgenson

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