quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Realidade retratada no cinema brasileiro

Fico um pouco desapontado com o excesso de "realidade" no cinema nacional. Acho que isso nem é privilégio nosso. O cinema está aí, mais globalizado do que jamais acontecera, e nunca a realidade local (seja ela de qualquer local) foi tão explorada e difundida. Reconheço que por aqui o cinema acabou se transformando em uma ferramenta para contar a história, de fazer o telespectador raciocinar e pensar a respeito daquilo que acontece à sua volta, mas sinto falta da fantasia nacional, do entreter simplesmente.

Também existe espaço para a história real, porém creio que mais real do que a rotina de cada um, impossível. Não quero exorcisar o real do cinema, as histórias dos bastidores do crime, da polícia, da política, da religião, e tantas outras. Acontece que isso já faz parte da nossa vida, dos nossos jornais, da nossa TV, da nossa novela, do nosso dia a dia, e eu simplesmente adoraria ir ao cinema e assistir atuações dos excelentes atores e atrizes também vendendo um pouco de ilusão, de sonhos, de fantasias e desejos.

É óbvio que isso é o que estrutura o cinema, a ilusão e a fantasia, mas a partir do momento em que todas as produções com melhor crítica sejam aquelas que apenas jogam na minha cara a realidade que costumo enfrentar desde a hora que acordo até a hora em que vou dormir (e muitas vezes até nos sonhos), isso faz com que aquele filme perca um pouco do seu lado interessante.

Ainda existem boas e diversificadas opções nesse estilo no cinema atual, mas são tão poucas, diante do exagerado realismo que a telona brasileira produz.

Quero ter a opção de ir ao cinema e ver o lado divertido do Brasil. As peculiaridades da nossa cultura, retratada de uma maneira leve, cujo desejo acima de tudo é o de entreter e divertir aqueles que cansaram de enfrentar a realidade até na hora da diversão. O cinema brasileiro tem uma história tão rica, apesar dos seus altos e baixos, que entristece saber que a única forma de encararmos essa arte, é retratando a dureza da vida. E você, o que acha desse realismo no cinema brasileiro?

Nenhum comentário: