quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Copa do Mundo e eleições animam mercado de TV por assinatura


A Copa do Mundo de 2010 teve um grande impacto no número de assinantes de TV paga neste primeiro semestre. De acordo com a Abta (Associação Brasileira de TV por Assinatura), o Mundial elevou em 13,11% o número de contratos de assinaturas, já que as pessoas tinham a intenção de assistir aos jogos com melhor qualidade audiovisual. Para o presidente da Abta, Alexandre Annenberg, o crescimento deve continuar no segundo semestre, quando o horário eleitoral gratuito entrar no ar. Annenberg acredita que a programação da TV paga funciona como alternativa para quem busca outro conteúdo.

No entanto, ele afirma que a associação tem dois desafios pela frente, que dependem da aprovação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações): uma mudança na legislação, com a entrada de novas empresas no mercado; e novas concessões de outorgas, já que as últimas foram concedidas há mais de 10 anos. "Há que ter mais concorrência no mercado e mais abrangência", diz o presidente.
Hoje, no mercado, existem apenas quatro operadoras na liderança: Oi, Telmex, Telefonica e GVT/Vivendi. Com a abertura para novas operadoras no Brasil, haveria espaço para pequenas e médias empresas locais. "Essas empresas de menor porte poderiam levar a TV por assinatura a municípios menores, já que as grandes provavelmente levariam o foco de seus produtos aos centros urbanos", sugere Annenberg.
Essas e outras questões --como a revolução da convergência (multiplataforma) e o desenvolvimento de produtos segmentados para a classe C-- serão apresentadas e poderão ser debatidas na "18ª da Abta 2010 - Feira e Congresso", que acontece em São Paulo entre os dias 10 e 12 de agosto. De acordo com Rubens Glasberg, presidente da Converge Comunicações, neste ano o evento terá 25 empresas da China, além da presença de canais estrangeiros de grande relevância, como o Canal Plus (França) e a Televisa (México), que estão apostando no crescimento do mercado brasileiro. "A expectativa de termos novas empresas trabalhando aqui no Brasil com a TV paga anima as emissoras estrangeiras. Por isso, é necessário um novo planejamento de concessões públicas."

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