quarta-feira, 19 de maio de 2010

A vez do cinema 3D

O cinema vive a febre dos filmes 3D. Antes eram apenas as animações. Algumas. Hoje, as sessões tridimensionais de determinada película ultrapassam as da chamada exibição convencional. Mas o que isso pode ter de positivo na sétima arte?

Todo avanço tecnológico é positivo. Mais ainda. Toda intenção de aumentar o poder de interação do telespectador soa como algo fora do comum, algo extraordinário. Não que não o seja. Mas as conversas das filas dos cinemas pode ser um pouco diferente.

Muito já se falou em relação a problemas com a visualização desses tipos de filmes. Imagens distorcidas, óculos inapropriados, redução na qualidade da imagem e, em alguns casos mais exagerados, até problemas com a saúde das pessoas que assistiam a esses filmes.

Um grupo de 6 pessoas que estavam atrás de mim na fila para assistir à sessão do Homem de Ferro 2 discutiam o assunto. Uma das garotas que assistiu Avatar, dizia que não enxergava nada com os óculos, mas que "achava" que o filme tinha sido bom. Outro disparava que as imagens ficavam "embaralhadas", mas que se guiava pelos comentários de outros amigos. Outro, ainda mais radical, disse que sempre ficava com dores de cabeça nessas sessões, mas como todos assistiam, ele se sentia na obrigação de assistir também.

Opiniões como essas não faltarão. E nem é o caso de diminuir a qualidade desse tipo de exibição. Fato é que novas tecnologias surgem a todo momento. Algumas muito boas, outras nem tanto. E esse caso coloca à prova algo maior, que é a exibição de filmes (ou o que quer que seja) na sala de nossas casas, já que as TVs agora já possuem o recurso 3D (alguns modelos lançados recentemente), portanto, essa "modinha" tem tudo para invadir nossos lares.

O próprio diretor Tim Burton, em post divulgado neste blog dias atrás, explicava que este é momento de os diretores brincarem com essa nova possibilidade. E, no meu ponto de vista, ganhar muito dinheiro com isso. Mas na verdade isso tudo não passa de uma brincadeira. Os custos das produção são maiores e, quando os telespectadores perceberem que o valor do ingresso não vale o produto oferecido, acredito que também haverá uma nova avaliação desta tecnologia.

Particularmente, acredito que existam outros problemas a serem resolvidos, (guardadas as devidas proporções) como a economia das legendas na cor branca das versões brasileiras que dificultam a visualização em vários momentos. A imundicie das salas de cinema. E até o controle do limite de idade para determinadas apresentações. Mas isso talvez seja tópico para um novo post. E você, o que pensa a respeito desse assunto?

P.S.: Antes que perguntem, arrisquei assistir algumas sessões 3D, mas a coisa toda não me impressionou como acontece em comerciais. Além disso, em alguns casos, a labirintite foi mais latente que a história da telona.

Nenhum comentário: