quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sucessos que ganharam as telonas

Esse talvez seja um assunto bastante intrigante, e que exija uma discussão bastante longa mas, o que leva os produtores e estúdios de cinema a acreditarem que histórias de sucesso como brinquedos ou jogos eletrônicos farão sucesso nos cinemas?

Não me refiro a adaptações de obras literárias, ou remakes baseados em produções anteriores (filmes antigos ou seriados). Os exemplos são numerosos. Alguns com o final feliz, outros, nem tanto. São jogos de videogames ou computadores, e linhas de brinquedos que ganharam as telonas, no intuito de explorar o sucesso que já existia.

Muitas vezes são produções precárias, com um elenco de nomes famosos (na maioria), mas roteiros muito fracos, que não agregam valor ao nome e se transformam em fiascos.

Vamos aos exemplos. Mortal Kombat, um jogo de sucesso, chegou às telonas apostando alto no formato dos filmes de lutas, mas era (e ainda é) um filme feio, com uma narrativa confusa, e que não chegou a ser um sucesso.

O encanador Mario também arriscou nos cinemas, em Super Mario Bros, com nomes conhecidos como Bob Hoskins, Dennis Hopper e John Lequizamo. Não agradou, e sua bilheteria não cobriu nem os gastos com a produção. O filme é horroroso, e não consegue repetir o charme dos jogos.

Street Fighter, outro clássico dos games de luta que se tornou um fiasco nos cinemas. Raul Julia até tentou, mas Van Damme, cá entre nós, não dá. Nem em 1994, quando o filme foi lançado. O resultado? Fracasso total.

Doom não é tão antigo, e tenta explorar o sucesso do jogo de tiros em primeira pessoa. Confesso que não consegui assistir inteiro. E pelo visto não fui o único. Também não cobriu os gastos de produção.

Por outro lado, existem os exemplos mais positivos. Tomb Raider era um hit dos computadores que foi bem assimilado pelos aficionados dos cinemas. Acho que mais pela presença de Angelina Jolie. A história nem era grande coisa, nem a atuação de Angelina, mas o filme foi bem, embora não tenha conseguido criar a mesma atmosfera do game. A continuação, no entanto, não correspondeu.

Resident Evil, com Milla Jovovich, também foi bem nas telonas, e se transformou em série. Não é meu estilo preferido de filme, mas consigo assistir na boa. Não é daqueles filmes de terror que exploram a dor e abusam do sangue (bom, talvez só um pouquinho). Acho que caiu um pouco a qualidade nas sequências, mas ainda vende bem.

Temos também Transformers, da série de brinquedos. Dirigido por Michael Bay, com Shia LaBeouf e Megan Fox, que é um caso à parte. O filme é bem produzido, com muitos efeitos, boa quantidade de ação (embora algumas vezes não se saiba quem é do bem e quem é do mal), atraiu a legião de fãs dos colecionáveis, mas está entre o sucesso e o fracasso. Todos querem ver o filme, mas ele não agrada do jeito que deveria. É um daqueles casos de amor e ódio.

O mesmo acontece com G.I. Joe. Os brinquedos são sucesso até hoje (um pouco menos no Brasil, já que os preços não ajudam), e o filme tem uma produção boa, um elenco bem coeso e funcional, e uma dose bem agradável de ação e efeitos, mas não fez o sucesso imaginado. Também é daqueles que deixa a história sem fim, mas que a continuação não é garantia de sucesso ou qualidade.

Os exemplos são muitos, com Final Fantasy (horroroso), Double Dragon (lastimável), Barbie (ainda não vi), e muitos mais. E as produções desse estilo de filmes não para por aqui. Nomes como Smurfs, Thundercats (esse está difícil), He-man, e tantos outros devem chegar aos cinemas em breve. E embora tenham feito sucesso no passado, não significa garantia de diversão. Se depender dos exemplos passados, a tendência pode não ser boa. E você, o que acha? É uma boa ideia investir em filmes baseados em games e brinquedos? Mande a sua opinião.

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