segunda-feira, 9 de março de 2009

E o Oscar vai para....


Acho que um bom jeito de começar, é falando um pouco sobre o Oscar. Devo confessar que há muito tempo não me empolgava com o evento. A coisa era meio morosa, sonolenta, sem muitas surpresas, e em dias difíceis de ficar até o fim. Dessa vez a apresentação caiu em um ótimo fim de semana, no meio do carnaval, o que possibilitou assistir tudinho, sem ficar com a consciência pesada de não ter que acordar cedo no dia seguinte.

A construção do palco foi muito feliz. A idéia de se criar um ambiente parecido ao de uma câmera fotográfica ou câmera de vídeo (pela entrevista dos produtores, a idéia era mesmo a de câmera fotográfica) e levar o público pra dentro da ação, foi sensacional.

Mudar o estilo de apresentador modelão comediante também foi um sucesso. Devo confessar que a escolha de Hugh Jackman não havia agradado, mas me enganei completamente. Jackman foi muito bom como showman e merece continuar apresentando o evento.

A seleção de filmes também foi bastante interessante (devo falar mais sobre isso em outros posts). Apesar de algumas ressalvas, supervalorizadas, as premiações acabaram equilibradas (ok, nem tanto, se considerarmos os 8 prêmios para Quem quer ser um milionário).

Tudo foi muito dinâmico, sem apelações aos musicais sem fim, piadas americanas sem graça (sempre tem uma...), discursos intermináveis, lições políticas, enfim, enrolações das mais diversas.

A única ressalva talvez tenha ficado para os apresentadores/dubladores/comentaristas brasileiros. Nada contra Rubens Ewald Filho ou a trupe de conhecedores de cinema que geralmente é escolhida (até Arnaldo Jabor), mas tá na hora de mudar. Traduzir nomes, "sumir" no meio de uma tradução, demonstrar tesão nenhum, deu uma esfriada na coisa toda.

Não que eu quisesse fogos de artifício em cada escolha ou um camarada estilo "Uhuuuuhhhh... o Oscar vai para um cara maneiro......" mas as insinuações de "surpresa" ficaram muito ruins. E alguns comentários foram péssimos, como a da escolha de O Cavaleiro das Trevas, para Melhor Edição de Som, em que Rubens disse que "tudo bem, afinal também é um excelente filme", mas num tom que parecia ter perdido a aposta do bolão.

Pra concluir, o evento foi espetacular. Claro que sempre acontecem falhas, mas creio ter sido uma cerimônia como não se via há muito tempo.

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